ClimaInfo, 14 de novembro de 2017

ClimaInfo mudanças climáticas
COP23

 

SARNEY FILHO SE DIZ CONTRÁRIO AOS SUBSÍDIOS AO PETRÓLEO PRESENTEADOS PELA MP 795

A renúncia fiscal de até R$ 1 trilhão em favor das petroleiras proposta pela medida provisória 795 é “inaceitável” para o ministro do meio ambiente, Sarney Filho. “Foi uma iniciativa do Ministério da Fazenda… é lógico que me deixou perplexo”. O ministro criticou medidas que vêm sendo propostas por outros ministérios e, também, por parlamentares no congresso: “há várias tentativas de retrocesso. Vamos ficar atentos para que elas não se realizem”.

Talvez por um punhado de dólares, o governo Temer parece disposto a acelerar ao máximo a exploração do pré-sal. Estas reservas, até o ponto em que são conhecidas, se totalmente exploradas e queimadas, emitiriam 75 bilhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2eq) à atmosfera.

Dá para imaginar a estranheza causada nos corredores da COP com a notícia deste possível subsídio adicional às petroleiras globais.

http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/ambiente-se/sarney-filho-chama-de-absurdo-completo-renuncia-fiscal-para-petroleo/

http://m.folha.uol.com.br/ambiente/2017/11/1935078-sarney-filho-diz-que-renuncia-tributaria-para-petroleo-e-inaceitavel.shtml?mobile

http://m.dw.com/pt-br/de-olho-no-petr%C3%B3leo-brasil-pode-deixar-clima-de-lado/a-41366610

 

UM ROTEIRO PARA ZERAR O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA

O Brasil se comprometeu, junto ao Acordo de Paris, a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, mas bem antes disso, até 2020, tem de conseguir reduzir em cerca de 70% os níveis atuais de perda da vegetação – dois resultados que parecem difíceis de alcançar considerando a flutuação observada nos últimos cinco anos. Diante desses desafios, um grupo de oito ONGs brasileiras apresentou nesta 2a feira, na COP, um roteiro pelo o qual o país poderia não só cumprir esses compromissos, como zerar completamente o desmatamento.

Vale a pena ler o artigo da Giovana Girardi e o relatório produzido pelas organizações Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, IPAM, TNC e WWF.

http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/ambiente-se/ongs-apontam-caminho-para-zerar-o-desmatamento-na-amazonia/

http://ipam.org.br/bibliotecas/desmatamento-zero-na-amazonia-como-e-por-que-chegar-la-sumario/

 

O ETANOL BRASILEIRO NA COP

O etanol brasileiro é, mais uma vez, parte da agenda do governo na COP, desta vez por meio do programa RenovaBio de fomento aos biocombustíveis. Para além da meta de 18% de participação de biocombustíveis na matriz energética que está na NDC brasileira, o discurso promove o Brasil como um possível grande fornecedor de etanol para a descarbonização do transporte do mundo.

A ideia carrega alguns grandes desafios. Por exemplo, já faz tempo o país se tornou importador do etanol de milho norte-americano. Giovana Girardi lembra outros desafios no Estadão: o último Plano Nacional de Energia prevê que 74% dos investimentos em energia serão em fósseis até 2050; a discussão no congresso que visa prorrogar o Repetro, regime especial de tributação que dá subsídios para a indústria de petróleo e gás; e a medida provisória 795, a MP do trilhão.

Suzana Kahn, presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, também faz uma defesa dos biocombustíveis nacionais chamando a atenção para as emissões negativas, processos onde a remoção do CO2 da atmosfera é maior do que a emissão. Ela cita o potencial de queima de bagaço de cana para geração elétrica e captura e armazenamento do CO2 em estruturas geológicas permanentes, conhecido como CCS – carbon capture and storage. Isso não pode ser confundido com o que alguns autores dizem, que o carbono sequestrado pela cana-de-açúcar já é um “bioccs”. Isso só vale para áreas de pasto convertidas para plantações de cana, e, mesmo assim, só na primeira vez. Depois, o ciclo do carbono é fechado: o carbono da atmosfera virando cana e, queimado, voltando para a atmosfera. Para a concretização das ideias da professora Kahn é preciso haver coincidências entre a localização das usinas e as formações geológicas adequadas para o armazenamento do CO2.

Em tempo: até agora o governo não decidiu se vai mandar uma medida provisória ou um projeto de lei para criar o Renovabio. http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-defende-etanol-em-conferencia-do-clima-na-alemanha,70002080466

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/11/1933928-biomassa-como-energia-sustentavel.shtml

 

EMISSÕES GLOBAIS VOLTAM A CRESCER EM 2017

O Carbon Budget Project lançou sua estimativa das emissões globais de 2017 projetando que estas voltarão a crescer depois de três anos basicamente estáveis. O aumento é pequeno, 2%, e está no limite da margem de erro estimada pelos pesquisadores. Mesmo assim, é suficiente para dizer que o mundo vai emitir mais gases de efeito estufa em 2017 do que em 2016, algo como 37 bilhões de toneladas desses gases (36,8 GtCO2e). As emissões chinesas, que vão crescer 3,5%, são as que puxam os números para cima, basicamente porque choveu menos por lá, a geração hidrelétrica diminuiu e as usinas a carvão ficaram ligadas mais tempo. Os EUA diminuem suas emissões, mas menos e, dos grandes emissores, a Índia ficou na média histórica.

O relatório é produzido por uma equipe de 76 especialistas de 57 instituições de pesquisa.

http://www.globalcarbonproject.org/carbonbudget/17/highlights.htm

http://www.climatechangenews.com/2017/11/13/global-emissions-expected-rise-2017-say-researchers/

https://www.theguardian.com/environment/2017/nov/13/fossil-fuel-burning-set-to-hit-record-high-in-2017-scientists-warn

http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/ambiente-se/emissoes-globais-de-gas-carbonico-devem-ter-alta-de-2-em-2017/

 

ALEMANHA DIFICILMENTE ALCANÇARÁ META DE REDUÇÃO DE EMISSÕES

Os alemães definiram uma meta bem ambiciosa, a de reduzir suas emissões em 40% até 2020, o que, segundo a Ministra do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, vai ser bem difícil alcançar. Até agora, eles reduziram em 32%, mas os últimos 8% são mais complicados. Apesar da enorme penetração das fontes renováveis, o país ainda depende bastante de usinas a carvão, 40% da sua matriz de geração vem da queima deste fóssil. Organizações como o Greenpeace calculam que desligar 20 usinas bastaria para atingir a meta, e que isto não impactaria a economia nacional, com o que o governo não parece concordar. Nas contas alemãs de dez anos atrás, as usinas nucleares dariam conta de substituir o carvão. Mas o acidente de Fukushima fez o povo alemão escolher o caminho do abandono radioativo. Esse foi o grande impulso para as renováveis e a dependência persistente do carvão.

http://www.valor.com.br/internacional/5191183/alemanha-pais-sede-da-cop-23-nao-cumprira-sua-meta-climatica

 

CIENTISTA ACUSA OS GOVERNOS DE IGNORAREM MUDANÇA DO CLIMA

James Hansen, um dos maiores especialistas em mudanças climáticas e ex-diretor do Instituto Goddard da Nasa, foi duro no final de semana falando sobre a mudança do clima: “essa realidade está sendo ignorada por governos ao redor do mundo. Dizer que estamos indo na direção certa não é mais suficiente… se formos a 2°C, é garantido que vamos perder nossas cidades costeiras e a atual orla marítima, o que resta saber é quão rápido”.

http://www.france24.com/en/20171111-climate-target-low-progress-slow-top-scientist

 

OS EUA DEFENDEM OS FÓSSEIS NA COP

Parte da pequena equipe norte-americana na COP está patrocinando eventos paralelos para alardear a limpeza dos seus combustíveis fósseis. Países como a Ucrânia e a Polônia estão adorando e tentam aproximar as corporações fósseis da Convenção Clima. Está sendo elaborada uma proposta que cria uma camada intermediária para empresas que ficaria entre os países e a UNFCCC (a sigla do nome por extenso da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).

Isto seria, na opinião dos autores do Climainfo, de longe, o maior retrocesso dos 25 anos da Convenção.

https://www.theguardian.com/environment/2017/nov/10/us-switches-focus-of-its-bonn-event-from-clean-energy-to-fossil-fuels

http://www.climatechangenews.com/2017/11/10/coal-deals-possible-us-holds-industry-event-un-climate-talks/

 

COALIZÃO DOS EUA QUER CONTRIBUIR COM AS NEGOCIAÇÕES CLIMÁTICAS, NO LUGAR DE TRUMP

Na 6a feira, uma coalizão norte-americana de governos de estados, de cidades, de lideranças de empresas, universidades e de simples cidadãos publicou um Compromisso dos EUA pelo Clima. A coalizão diz que lutará contra a mudança do clima para fazer a economia crescer e proteger a saúde pública, e que quer ocupar um espaço oficial, posto que o governo Trump anunciou que sairá do Acordo de Paris.

No sábado, Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e enviado especial para as cidades da Convenção, pediu, em nome da coalizão, um assento às mesas de negociação para trabalhar pelo clima com seus pares. Bloomberg disse que “esta coalizão representa mais de metade da economia dos EUA. Se esse grupo fosse um país, seríamos a terceira maior economia do mundo”.

https://www.americaspledgeonclimate.com/

https://www.bbhub.io/dotorg/sites/28/2017/11/AmericasPledgePhaseOneReportWeb.pdf

http://www.climatechangenews.com/2017/11/11/bloomberg-demands-seat-un-climate-negotiating-table-cities-states/

 

INICIATIVA 20X20 ALOCA US$ 2,1 BILHÕES PARA RESTAURAR ÁREAS DEGRADADAS NA AMÉRICA LATINA

Na semana passada, a Iniciativa 20×20, apoiada por ONGs como o WRI (World Resource Institute) e IUCN (International Union for Conservation of Nature) anunciou que assegurou US$ 2,1 bilhões de recursos privados para projetos de restauração florestal na América Latina e Caribe. O dinheiro virá de 19 investidores privados e será aplicado em 40 projetos de restauração. Debaixo do guarda-chuva da Iniciativa, 16 países se comprometeram a restaurar 53 milhões de hectares, com os trabalhos começando antes de 2020.

http://www.wri.org/our-work/project/initiative-20×20

http://www.wri.org/news/2017/11/statement-landmark-21-billion-earmarked-restore-degraded-lands-latin-america-offering

 

O FÓSSIL DO DIA FOI PARA OS EUA, AUSTRÁLIA, CANADÁ E A UNIÃO EUROPEIA

O Fóssil do Dia do sábado foi para os EUA, Austrália, Canadá e a União Europeia por se recusarem a trabalhar seriamente sobre o mecanismo de financiamento de perdas e danos.

O link desta nota mostra o escolhido do dia anterior, mas posteriormente eles vão postando os novos ganhadores nesse mesmo link.

http://www.climatenetwork.org/fossil-of-the-day

 

E para além da COP23

 

A TRAGÉDIA DE MARIANA COMPLETOU DOIS ANOS

No dia 5 passado, a destruição de vilas, vidas e partes importantes dos ecossistemas ao longo do Rio Doce e mar adentro provocada pela tragédia de Mariana completou dois anos. Até o momento, ninguém foi julgado. Os trabalhos de reparação e restauração iniciados deixam uma legião de pessoas com pouca assistência e, pior, com pouca perspectiva.

O pessoal da Fundação Renova encontra inúmeros obstáculos que, mesmo com boa vontade, retardam as ações. A situação transpira frustração de basicamente todos os lados.

A polêmica mais recente gira em torno da qualidade da água do Rio Doce. A Renova afirma que o Doce é o rio mais monitorado do país e que a qualidade da água é a mesma de antes do desastre. O Ibama avisou que 20 dos 109 afluentes que visitou ainda estavam recebendo lama de rejeitos. Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, disse que “primeiro a mineradora transferiu a responsabilidade para a Fundação Renova que, por sua vez, apresentou uma resposta técnica tímida, muito inconsistente, deixando para a natureza a atribuição da auto recuperação, por meio das chuvas. E, definitivamente, a bacia não tem essa capacidade”.

Fora isso, a Samarco não voltou à operação após ter demitido quase metade do seu pessoal. Muitos desempregados continuam em Mariana à espera de uma oportunidade, se e quando a mineradora retomar as atividades. O que só aumenta a tensão na região. https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2017/11/em-acao-inedita-no-pais-rio-doce-entra-na-justica-contra-desastre-1014106870.html

https://www.tratamentodeagua.com.br/poluicao-rio-doce/

http://mobile.valor.com.br/brasil/5180825/em-mariana-muitas-vidas-ainda-no-limbo

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/11/1932799-efeito-mariana.shtml

 

DEIXARAM O MATO CRESCER NO VALE DO PARAÍBA

O vale do rio Paraíba do Sul foi palco da primeira expansão do café no século 19. Depois que as terras se esgotaram, só restou a pecuária. Mas mesmo para pastos, a terra já não é mais boa, o que, associado ao relevo um tanto acidentado, levou proprietários a simplesmente abandonarem parte da terra. Resultado, a cobertura de vegetação nativa, que em 1983 era de 18%, quase dobrou e atingiu 33% em 2015.

O pesquisador da Embrapa, Carlos César Ronquim, diz que “num movimento inverso ao que ocorre no Brasil, o Vale do Paraíba está contribuindo para o aumento no sequestro de carbono da atmosfera justamente por meio da mudança do uso da terra. Em vez da perda de matas para as pastagens, as florestas nativas estão tomando áreas antes ocupadas por pastos”.

Interessante observar que o rebanho bovino cresceu de 561 mil cabeças para 669 mil, assim como a produção de carne, de 731 mil arrobas para 2,8 milhões e, em menor proporção, a de leite, de 187 mil litros para 206 mil litros. Tudo por causa de práticas e tecnologias mais modernas. É mais uma confirmação de que é possível intensificar a pecuária no país.

http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Sustentabilidade/noticia/2016/10/pecuaristas-abandonam-pastos-e-florestas-nativas-crescem-83-no-vale-do-paraiba-em-30-anos.html

 

COMBUSTÍVEIS SINTÉTICOS SUBSTITUINDO FÓSSEIS NA ANÁLISE DA AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA

A IEA acaba de soltar dois relatórios sobre combustíveis. O primeiro fala sobre o uso de biocombustíveis na indústria e o outro sobre uma nova geração de combustíveis sintéticos. Sobre estes últimos, os autores trazem uma avaliação econômica do uso dos excedentes de geração elétrica que aproveitam o preço baixo para produzir combustíveis sintéticos como hidrogênio, amônia e metanol a partir de água, eletrólise e até de reações com dióxido de carbono da atmosfera. Eles estimam que os custos já estão quase competindo com os fósseis tradicionais. A tendência de queda no preço das renováveis indica que o cenário pode favorecer a troca do petróleo e do gás por essa nova geração de sintéticos.

A Climate Tracker aproveita a deixa e estende o conceito de ativos encalhados (uma tradução bem livre de stranded assets), normalmente aplicado aos fósseis que não vale a pena desenterrar, às refinarias de petróleo convencionais.

https://www.iea.org/publications/insights/insightpublications/Renewable_Energy_for_Industry.pdf

https://www.carbontracker.org/wp-content/uploads/2017/10/Margin-Call-full-report.pdf

 

DESLOCAMENTO DE NUVENS PODE IMPACTAR MAIS MUDANÇA DO CLIMA

Um estudo publicado em setembro na PNAS mostra que pode estar em andamento uma tendência que leva as pesadas nuvens stratocumulus a se deslocarem para os pólos. Essas enormes nuvens fazem sombra sobre a faixa tropical dos oceanos. Um eventual deslocamento em direção aos polos deixaria o Atlântico e o Pacífico mais ensolarados, quentes e mais propensos à formação de furiosos furacões e tufões. Os autores temem que este efeito possa ter um impacto da ordem do derretimento do permafrost siberiano.

O artigo da PNAS traz um relato conciso dos desafios que a mudança do clima trará e elenca estratégias interessantes de mitigação.

http://www.pnas.org/content/114/39/10315.full.pdf

https://www.eenews.net/stories/1060065799

 

CONGRESSO NORTE-AMERICANO ESTUDA TRANSFORMAR PORTO RICO EM PARAÍSO FISCAL

Um deputado republicano está propondo converter Porto Rico em um paraíso fiscal, nos moldes de Hong Kong. Por paraíso, o deputado entende um lugar onde as regulações trabalhistas são mais frouxas do que no continente e, principalmente, onde o IRS (a receita federal norte-americana) também não estende tanto suas garras. De brinde, o congresso se livraria do pepino que é reconstruir a ilha depois da passagem do furacão Maria, pois o governo local teria recursos vindos dos baixíssimos impostos sobre as aplicações financeiras. O deputado se apresenta como um defensor do livre mercado.

Se a moda pega, Houston pode recuperar a parte da sua história quando seu patrono, Sam Houston, proclamou a independência do Texas do jugo mexicano. Só anos depois é que os texanos viraram norte-americanos.

https://theintercept.com/2017/11/09/puerto-rico-hurricane-fossil-fuels-congress/

 

MUDANÇA DO CLIMA PROVOCA COLAPSO DE COLÔNIA DE PÁSSAROS NO ÁRTICO

O airo-de-asa-branca é um dos pássaros símbolo do ártico do Alasca. Biólogos que monitoram a ave há 40 anos estão vendo a população diminuir a cada ano. A temperatura do oceano está subindo e os cardumes de bacalhau do Ártico têm se mudado para águas mais frias. Os airos passam a vida no Ártico, migrando só um pouco mais para o sul no inverno. Diferente de outras aves, não voam longas distâncias. Por isso, a comida começa a ficar escassa. Para piorar, ursos polares estão vindo mais para o sul porque o gelo está derretendo e chegam em maior número até as colônias dos airos, reduzindo ainda mais sua população. Assim, os airos no Ártico, como certas colônias de pinguins no polo oposto, acabam funcionando como os canários que morriam nas minas de carvão do século 19 para alertar os mineiros de vazamentos de gás. Mas o sacrifício dos airos será inútil, se nada ou pouco for feito para reduzir a concentração de CO2 na atmosfera.

https://www.newsdeeply.com/oceans/articles/2017/11/08/canary-in-the-climate-mine-arctic-seabirds-future-is-on-thin-ice

 

Para Acompanhar direto da COP

AMEAÇAS E SOLUÇÕES PARA A AMAZÔNIA

Para falar para a imprensa sobre as ameaças, mas também as potenciais e possíveis soluções para o desenvolvimento sustentável da região amazônica, um time de especialistas de alto nível estará reunido nesta terça-feira, 14 de novembro, às 16h00 (horário de Brasília):

  • Maurício Voivodic – WWF
  • Juliana Speranza – WRI
  • Paulo Barreto – IMAZON
  • Sonia Guajajara – APIB
  • Paulo Adário – Greenpeace

Paulo Barreto fará uma breve apresentação do estudo do IMAZON lançado ontem.

Webstream disponível no link: https://unfccc.cloud.streamworld.de/live