Governo deixa terras amazônicas à mercê de grileiros

florestas públicas na amazônia

Um quarto do desmatamento registrado na Amazônia entre 2010 e 2015 aconteceu dentro de áreas públicas desprotegidas.  E esse desmatamento gerou quase 200 milhões de toneladas de gás carbônico a mais na atmosfera – o equivalente a quase metade do que o setor de energia no Brasil emitiu em 2016, de acordo com dados do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa).

 

Atualmente existem 70 milhões de hectares das florestas públicas da Amazônia que não estão destinadas a nenhum tipo de uso. Esses 70 milhões de hectares estocam 25 bilhões de toneladas de gás carbônico (CO2), equivalente à soma da emissão brasileira de gases do efeito estufa por 14 anos.

 

É por isso que pesquisadores do IPAM defendem que essa área, maior que a região Sul do Brasil, seja urgentemente destinada para conservação e uso sustentável.  Para eles, esse é o melhor caminho para proteger florestas federais e estaduais de grileiros e desmatadores ilegais, permitindo que o Brasil cumpra sua meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, dentro do combate global às mudanças climáticas.

 

A tese é dos pesquisadores Claudia Azevedo-Ramos, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea/UFPA), e Paulo Moutinho, do IPAM, e foi publicada em artigo que que já disponível na versão on-line da revista “Land Use Policy” e sairá na edição impressa de abril.

 

 

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