ClimaInfo, 27 de abril 2018

ClimaInfo mudanças climáticas

ROTA 2030: DECISÃO DE TEMER DESAGRADA MONTADORAS

No imbróglio Rota 2030, Temer ficou do lado da Fazenda e desagradou as montadoras e o MDIC. Estes últimos queriam uma isenção de muitos impostos em troca do investimento em pesquisa e desenvolvimento de veículos mais eficientes. A Fazenda ganhou a parada e limitou, nos próximos cinco anos, a isenção ao IR e CSLL, que incidem sobre o lucro das empresas. Como as montadoras dizem que não têm lucro há já algum tempo, o Rota 2030 não traz nenhum benefício. Nada satisfeitas, as montadoras pediram a redução do valor mínimo de investimento para adesão ao Rota 2030, tentando gastar o mínimo possível para se beneficiarem de isenções maiores daqui a 5 anos.
http://www.valor.com.br/brasil/5483949/solucao-intermediaria-para-rota-2030-desagrada-montadoras#

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/04/sem-subsidio-ou-reducao-de-imposto-nao-ha-industria-automotiva-competitiva-diz-presidente-da-vw.shtml

 

UMA FESTA DE JABUTIS NA MP DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS

O governo adoraria fazer caixa vendendo grandes pedaços da Eletrobras e soltou uma medida provisória autorizando a operação. No balcão de negócios do congresso, a MP está juntando cachos de jabutis de tudo quanto é tipo. “Jabuti”, na peculiar linguagem do congresso, são atos legislativos anexados aos projetos de lei, muitas vezes sem absolutamente nada a ver com o tema original. Nesta semana, apareceram dois novos jabutis. Um deles destina parte do dinheiro arrecadado com a venda da Eletrobras a projetos de revitalização do rio São Francisco. Revitalizar o Velho Chico é estratégico em qualquer plano de desenvolvimento e deveria fazer parte imexível do orçamento; mas pendurar sua revitalização em uma eventual venda da Eletrobras é deixar claro a pouca importância que o governo e o congresso dão ao rio. Outro penduricalho tira dinheiro da Educação e Saúde para construir mais gasodutos: a legislação do pré-sal prevê que parte dos royalties da exploração que vão para o governo federal tem que ser aplicada em Educação e Saúde. Os nobres deputados acham que gasodutos são mais importantes. Com esta confusão toda, e mais a revelação de passivos escondidos em várias empresas do grupo Eletrobras, fica a impressão de que o consumidor vai acabar pagando um grande mico, seja para quem comprar, seja para o governo, se a venda for abortada.
Em todo caso, o ano legislativo deve acabar logo antes do início da Copa da Rússia. Em seguida, começam as campanhas eleitorais e dificilmente alguma coisa será aprovada antes da posse do novo congresso eleito. Daí que nem a privatização da Eletrobras, nem os leilões de áreas do pré-sal devem sair este ano para ajudar Temer a reduzir o tamanho do rombo fiscal que pendurará na conta do futuro governo.
http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/lobby-no-congresso-beneficia-petroleiras-com-dinheiro-da-poupanca-do-pre-sal-3r1hxo7rvx87yacrioolh5s78

http://epbr.com.br/fundo-social-do-pre-sal-financiando-gasoduto-e-incluido-na-mp-da-eletrobras/

http://www.valor.com.br/brasil/5483967/relator-quer-mais-verba-para-sao-francisco-em-troca-de-apoio-ao-projeto-da-eletrobras#

http://www.valor.com.br/brasil/5483969/emendas-mp-814-provocam-projecoes-de-alta-nas-tarifas#

http://www.valor.com.br/opiniao/5484005/agenda-do-governo-se-esvai-em-meio-ao-jogo-eleitoral#

 

O PROBLEMA DA GESTÃO DA ÁGUA CONSUMIDA POR TERMELÉTRICAS

O Ibama e o Iema organizaram um seminário para discutir a governança da água usada nas termelétricas. Estas usinas consomem uma barbaridade de água para resfriar o circuito de vapor. Houve um caso emblemático recente que mostrou a importância do tema. Por conta do abastecimento da grande Fortaleza ter ficado para lá de crítico devido à seca prolongada, o governo estadual baixou um decreto com uma cobrança adicional da água feito especialmente para desestimular seu uso nas duas grandes térmicas a carvão por lá instaladas. Estas entraram com um recurso na justiça e ganharam o direito de repassar o custo adicional a todos os consumidores do país, e continuaram a beber água normalmente. Ficou claro que não havia uma instância de governo que pudesse arbitrar o uso da água entre gente e máquinas. E que falta ao planejamento do setor elétrico levar em conta a disponibilidade de água, principalmente em cenários climáticos de estresse hídrico agudo. No caso de Fortaleza, o governo pretende construir uma usina de dessalinização da água do mar para o abastecimento urbano. E existe tecnologia disponível para usar a água do mar para resfriar os circuitos das térmicas. Mas as discussões no seminário dão a impressão que tudo isso não tem dono. Para cada ator, o problema não é com ele. Cada um se coloca no papel de pobre vítima da falta de água.
https://www.canalenergia.com.br/noticias/53059345/usuarias-de-agua-termicas-entram-no-centro-da-discussao-sobre-crise-hidrica

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,usinas-termicas-do-ceara-custam-r-81-milhoes-na-conta-de-luz,70002263296

 

PETROBRAS PAGARÁ MULTA DE US$ 2,95 BILHÕES NOS EUA POR CONTA DA LAVA JATO

A Petrobras tem ações na Bolsa de Nova York e acionistas entraram na justiça norte-americana contra a empresa alegando que tiveram prejuízos com a desvalorização das ações causada pelos escândalos de corrupção revelados pela Lava Jato. Ontem a empresa fechou um acordo com os acionistas e vai desembolsar mais de R$ 9 bilhões (US$ 2,95 bilhões). Este é o maior acerto já feito por uma empresa estrangeira nos EUA. O valor das ações da Petrobras subiu ontem 2,5% na bolsa de Nova York. Analistas explicam que a empresa tem caixa suficiente entre as receitas projetadas para este ano e o comprometido com investimentos. Isso sem contar com o adicional que virá dos aumentos recentes do preço do barril.
https://www.reuters.com/article/us-petrobras-classaction/petrobras-to-pay-2-95-billion-to-settle-u-s-corruption-lawsuit-idUSKBN1ES0L2

 

ACORDO DE REDUÇÃO DE EMISSÕES DA NAVEGAÇÃO ABRE OPORTUNIDADES PARA O BRASIL

A Organização Marítima Internacional chegou recentemente a um acordo que pretende, até 2050, cortar as emissões de gases de efeito estufa da navegação internacional em pelo menos 50%.
O acordo teve o apoio dos principais construtores navais (China, Japão, Coreia), bem como dos maiores estados-bandeira (Panamá, Ilhas Marshall, Libéria). Também teve apoio dos operadores da navegação internacional, o que ficou claro quando a International Chamber of Shipping disse que o acordo dá um sinal claro sobre a necessidade urgente do desenvolvimento de combustíveis de emissão zero.
Embora o Brasil – e alguns outros países da América do Sul – tenham manifestado preocupações legítimas sobre a possibilidade do Acordo encarecer suas exportações de commodities, é importante reconhecer que o debate avançou decisivamente de um “se” deve existir um acordo para o “como” implantá-lo.
O Fórum Internacional de Transporte considera que os biocombustíveis serão uma parcela significativa da solução de descarbonização da navegação internacional. Isto oferece oportunidades econômicas para países com indústrias relevantes de biocombustíveis, como o Brasil e a Argentina. Já o Chile é visto pela gigante da energia Engie como um país privilegiado para a geração de hidrogênio, dada sua localização privilegiada e custo competitivo da energia solar. A Petrobras já possui expertise na química da produção de hidrogênio, e está desenvolvendo combustíveis que terão em demanda crescente.
A indústria naval decidiu a direção da viagem. É essencial que o Brasil se alinhe para lucrar com o sucesso da decisão.
https://www.bnamericas.com/en/news/oilandgas/petrobras-launches-hydrogen-to-energy-labs

 

AS EÓLICAS FORAM MUITO BEM NO ANO PASSADO EM TODO O MUNDO

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC em inglês) soltou seu relatório anual sobre o desempenho do setor mostrando que a penetração das eólicas no mundo todo continua de vento em popa. O relatório também mostra que o preço da eletricidade gerada pelos aerogeradores é competitiva em quase todos os mercados. No ano passado, a capacidade eólica mundial ganhou mais 52 GW, perfazendo um total de quase 540 GW. Em 2017, seus preços continuaram em tendência de queda, tanto para instalações em terra quanto offshore. Leilões de energia em Marrocos, Índia, México e Canadá viram o kWh ser negociado a 3 centavos de dólar e, no final do ano, no México, o preço bateu em 2 centavos. Pela primeira vez, 2 GW de capacidade offshore na Alemanha e Holanda foram negociados sem subsídios, uma tendência que o Conselho entende como inevitável na medida em que os mercados amadurecem. O Conselho prevê que o crescimento será menor em 2018 devido a mudanças regulatórias na Alemanha e no Reino Unido, e porque a Índia passa por um ajuste entre sistemas antigos e novos.

As eólicas foram responsáveis por 44% da eletricidade consumida na Dinamarca, mais de 30% no vizinho Uruguai e quase 12% no todo da União Europeia. Em 4 estados norte-americanos o vento supriu mais de 30% da demanda.

O relatório ainda aponta que a expansão no Brasil seguirá sendo o principal mercado da América Latina, mas que na Argentina, as eólicas estão avançando a passos largos.

http://gwec.net/cost-competitiveness-puts-wind-in-front/

https://www.greenunivers.com/2018/04/le-marche-eolien-mondial-reprendra-de-la-vigueur-en-2019-gwec-180698/

https://www.reuters.com/article/global-windpower/global-wind-capacity-to-rise-by-more-than-half-in-next-five-years-idUSL8N1S02C1

 

PORQUE O PREÇO DE INSTALAÇÃO DAS RENOVÁVEIS CAIU ENQUANTO O PREÇO DA ENERGIA SUBIU?

Michael Shellenberger, olhando só para os mercados da Europa e EUA, coloca números por trás desta pergunta. Entre 2009 e 2017, o preço do Watt de paineis solares caiu 75%, e o das turbinas eólicas 50%. Só que, entre 2006 e 2016, o preço da energia na Alemanha subiu 54%, e na Califórnia, entre 2011 e 2017, subiu 20%. Na Dinamarca, o preço da energia dobrou desde 1995, quando as primeiras eólicas foram construídas.

Shellenberger apresenta dados para dizer que as fontes não renováveis, gás natural e nuclear, não justificam o aumento real de preço. Sobrou para as renováveis. Ele dá uma aula sobre o porque as variações da insolação – durante o dia – e da intensidade do vento – durante o ano – fazem o preço da eletricidade subir. Vento e sol provocam dois efeitos: tem hora que tem muito vento e sol e sobra energia. Nestes momentos, as empresas, não tendo como armazenar a eletricidade, se veem obrigadas a pagar para que alguém a consuma, a chamada “tarifa negativa” que volta e meia é manchete na Alemanha. E tem hora que não tem vento e sol suficientes para atender à demanda, e as empresas se veem obrigadas a comprar energia de alguém. O preço da energia comprada é maior simplesmente porque a demanda aumentou. As duas contas, geradas pelo pagamento do consumo das sobras e pelo pagamento da geração na falta, são repassadas ao consumidor. A energia fica mais cara do que era antes, quando toda a geração era tocada por carvão e gás natural fósseis, sempre disponíveis para acompanhar a variação da carga ao longo do dia e do ano.

Shellenberger fundou e preside a Environmental Progress, onde defende que as nucleares são ambientalmente progressistas. Talvez por isso ele não apresente alternativas à intermitência do sol e do vento que não passem pela queima de mais fósseis ou pelo acionamento de nucleares.

https://www.forbes.com/sites/michaelshellenberger/2018/04/23/if-solar-and-wind-are-so-cheap-why-are-they-making-electricity-more-expensive/

http://environmentalprogress.org/founder-president/

 

PETROLEIRAS PERDERÃO VALOR NOS PRÓXIMOS 5 ANOS

Uma pesquisa feita com gestores de fundos internacionais, que somados respondem por US$ 18 trilhões, mostrou que estes preveem um futuro ruim para as petroleiras por conta dos riscos associados à mudança climática. A pesquisa girou em torno de 3 riscos: o reputacional, pelo seu papel em aumentar o aquecimento global; o de litigação, pelas perdas advindas da mudança do clima; e de regulações que limitem o consumo dos fósseis.

– 90% dos entrevistados acham que pelo menos um risco climático impactará seriamente o valor da petroleiras nos próximos 2 anos;

– 54% acham que sua reputação já foi atingida e outros 25% dizem que isso acontecerá nos próximo 2 anos;

– 89% acham que o valor das petroleiras cairá seriamente nos próximos 5 anos pelo conjunto dos riscos; e

– 62% acham que o consumo de petróleo atingirá um pico em 5 anos, e o consumo de gás em 10 anos.

Se esse pessoal começar a se afastar dos fósseis, haverá menos recursos para a ampliação da exploração e isto será um sinal extremamente positivo de que o Acordo de Paris vingará.

http://uksif.org/2018/04/26/not-long-now-survey-of-fund-managers-responses-to-climate-related-risks-facing-fossil-fuel-companies/

https://www.reuters.com/article/oil-funds-survey/fund-managers-expect-climate-risks-to-hit-oil-firm-valuations-survey-idUSL8N1S25WS

 

ADANI GERA A CARVÃO NA ÍNDIA PARA VENDER EM BANGLADESH

O conglomerado indiano Adani vai construir uma térmica a carvão de 1,6 GW no nordeste da Índia para vender a eletricidade para a vizinha Bangladesh. Nas declarações à mídia, a empresa disse que está agindo “para atender os interesses maiores dos nossos vizinhos, o povo de Bangladesh”. Deve ter ajudado na decisão o fato da tarifa elétrica no país vizinho ser o dobro do preço da energia gerada pelas eólicas e fotovoltaicas na Índia. Analistas apontam mais uma razão para a Adani tocar o projeto: ela fez uma compra tida como questionável de uma enorme mina de carvão na Austrália, apostando na geração fóssil. Só que a oposição a térmicas a carvão ficou forte e a mina de Carmichael foi virando um mico. As ações da Adani Austrália sofreram forte queda. A planta na Índia pode salvar o dia. Mesmo estando instalada na maior região carvoeira na Índia, a Adani pode decidir importar carvão da sua mina na Austrália e repassar o custo do frete para a tarifa em Bangladesh.

Para quem mexe com as emissões nacionais, a situação desta planta pode ser complicada. O carvão vem da Austrália. A queima acontece na Índia. A eletricidade é consumida em Bangladesh. Quem é responsável pelas emissões? Os australianos dirão que eles só extraem e vendem o carvão. Os indianos dirão que não têm culpa, porque não são eles que consomem a eletricidade. E o pessoal de Bangladesh, que é o que tem menos mão no jogo, pode dizer que o projeto da usina e a escolha de onde vem o carvão não depende deles.

https://www.theguardian.com/business/2018/apr/26/adani-builds-coal-fired-power-plant-in-india-to-send-energy-to-bangladesh

http://ieefa.org/godda-plant-a-bad-deal-for-bangladesh-buckley/

 

PLANO FOTOVOLTAICO DA ARÁBIA SAUDITA VAI SATISFAZER TODA A DEMANDA DO PAÍS E GERAR SOBRA PARA VENDER

No mês passado, a Arábia Saudita lançou um megaplano de geração fotovoltaica para os próximos anos. Nas contas do pessoal do Carbon Commentary:

– Quando tudo estiver funcionando, deve sobrar entre 10% e 20% da energia gerada. As contas indicam que eles vão gerar cerca de 1,5% da demanda de eletricidade de todo o mundo;

– Em termos de capacidade instalada, pode haver uma sobra de 40% no horário de pico;

– Os 230 GW que pretendem instalar representam metade de tudo que já foi instalado até hoje no mundo. Isso fará o preço dos paineis seguir caindo;

– Mesmo se o preço dos paineis não cair muito, o preço da eletricidade fotovoltaica será pelo menos 4 vezes mais baixo do que o preço da gerada nas térmicas a óleo atuais, mesmo levando em consideração que o óleo é deles mesmos; e

– As sobras de energia podem ser armazenadas para manter o país funcionando durante a noite, para produzir combustíveis sintéticos ou para serem vendidas à Europa, por exemplo. Os autores acham que deve acontecer um pouco de cada, e que mais um tanto será simplesmente desperdiçado.

https://www.carboncommentary.com/blog/2018/3/28/saudi-plans-suggest-all-electricity-demand-will-be-met-by-solar-in-2030

 

UM ARTIGO SOBRE A AMEAÇA CONCRETA DE FOME GENERALIZADA

Dois eminentes cientistas americanos, Paul R. Ehrlich e John Harte, argumentam que a mudança do clima, a disponibilidade de terra cultivável e a crise hídrica limitarão a capacidade do planeta alimentar os 11 bilhões de seres humanos que a ONU diz que habitarão a Terra em 2100. Eles caracterizam a agricultura de hoje como bem adaptada às condições físicas nas quais se desenvolve, como solo, variações sazonais de umidade, temperatura e insolação. A mudança do clima bagunça tudo. Pior, eles mencionam que um terço da produção agrícola depende das águas vindas do derretimento de neve de montanhas próximas. O clima já mudou o suficiente para se perceber que a cada ano neva menos e, portanto, tem menos água disponível para as lavouras. A temperatura mais alta também reduz a produtividade e, em muitos casos, força as culturas a se mudarem para regiões menos quentes e destacam o caso do trigo. A mudança do clima também impacta a biodiversidade, em especial espécies polinizadoras. Finalmente, a elevação da temperatura reduz a jornada de trabalho. Tudo isso somado diminui a produção de alimentos.

Eles somam o fato das terras mais propícias já estarem ocupadas e que daqui para frente, a expansão das lavouras se dará sobre terras menos produtivas. E, finalmente, muitas regiões já estão enfrentando crises hídricas para além do que o clima pode impactar. Terras menos produtivas e menos água completam o diagnóstico de que será muito difícil alimentar os 11 bilhões de seres humanos no final do século.  

http://www.ehn.org/what-are-the-threats-to-future-food-security-2562981347.html

http://www.mdpi.com/2071-1050/10/4/1120


Para ir

FEIRA NACIONAL DA REFORMA AGRÁRIA DO MST

Para quem estiver em São Paulo na semana que vem, uma boa pedida é ir ao Parque da Água Branca visitar a Feira Nacional da Reforma Agrária do MST. A feira terá quase 200 toneladas de alimentos orgânicos produzidos em 23 estados do Brasil, trazidos por cerca de 800 feirantes. E shows com gente boa. Veja a programação e mais informações nos sites abaixo.
De 3 a 6 de maio, a partir das 08h.
http://www.mst.org.br/2018/04/25/siba-ile-aiye-martinho-da-vila-tuiuti-e-muito-mais-animam-a-programacao-da-feira-do-mst.html

https://www.facebook.com/events/1878180029148973/

 

Para estudar

CURSO DE ELABORAÇÃO DE PLANOS MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

A iniciativa faz parte do projeto “Fortalecendo os Conselhos Municipais de Meio Ambiente por meio dos PMMAs”, da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA) e tem apoio da ONU Meio Ambiente.
Serão abertas 5 turmas para cursos online, cada uma com 800 vagas, seguindo o cronograma abaixo:
Tuma 1: SC e RS, com início em 18/04/18 e término em 02/07/18;
Tuma 2: SP e RJ, com início em 08/06/18 e término em 20/08/18;
Tuma 3: PR, GO, MS e PI, com início em 27/07/18 e término em 09/10/18;
Tuma 4: BA, AL, SE, PE, PB, RN e CE, com início em 18/09/18 e término em 30/11/18;
Tuma 5: MG e ES, com início em 21/11/18 e término em 28/02/19.
Programe-se e se inscreva no link desta nota.

https://bit.ly/2F3w3HY

 

Para ler

VISÃO 2030: O FUTURO DA AGRICULTURA BRASILEIRA

Ontem, falamos sobre o lançamento deste estudo da Embrapa. É um trabalho do peso dos seus autores que cobrem uma vasta gama de temas e olhares. Igualmente importante é dar uma olhada no segundo site abaixo, que traz mais olhares para o futuro da agricultura brasileira.
Leitura obrigatória para quem acha que os desafios da agricultura são muito mais sérios do que as campanhas para vender caminhonetes em horário nobre dão a entender.
https://www.embrapa.br/futuro-da-agricultura

https://www.embrapa.br/olhares-para-2030

 

Para ler

RAINFOREST: DISPATCHES FROM EARTH’S MOST VITAL FRONTLINES

Tony Juniper

Para contar a história e a importância das florestas tropicais, Juniper viajou pela Ásia, África e, claro, pelas Américas. Ele conta do fascínio que estas exercem e explica quão vital são para a saúde do planeta. Juniper ressalta a importância dos povos nativos, coisa que até hoje é pouco valorizada. Em inglês.

https://www.amazon.com/Rainforest-Dispatches-Earths-vital-frontlines-ebook/dp/B01MYAFYKX

 

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