As últimas sobre o lento, mas firme, desaparecimento do carvão

De acordo com a Global Coal Plant Tracker, os principais indicadores da indústria carvoeira caíram pelo quarto ano consecutivo. A capacidade das plantas em estágio de pré-construção caiu de 480 GW em 2017 para 340 GW no ano passado, uma queda de quase 25%. A China e a Índia estão puxando essa queda. Ao final de 2015, a China pretendia instalar mais 515 GW de capacidade de geração a carvão. Os planos atuais são de 70 GW, uma queda de mais de 80%. A queda na Índia é da mesma ordem de grandeza. O Japão cancelou obras que acrescentariam 7 GW. A Coreia do Sul e o mesmo Japão pararam de emitir licenças para novas plantas. O The Guardian e a australiana Renew Economy comentaram estes resultados. O Asahi Shimbun comentou a decisão japonesa de não permitir mais térmicas a carvão.

Voltando à China, o Greenpeace acusa as grandes geradoras de ter pedido autorização ao governo para a construção de entre 300 e 500 térmicas a carvão até 2030. A Deutsche Welle, o Eco-business e o Strait Times, de Cingapura, também deram a história. Já a Reuters denunciou que a China retomou silenciosamente a construção de 50 plantas que haviam sido suspensas no ano passado. Na Suíça, o banco UBS comunicou o fim dos financiamentos de novas térmicas a carvão.

 

ClimaInfo, 2 de abril de 2019.

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