Como o mundo corporativo reage – e aproveita – as mudanças climáticas

Artigo interessante do New York Times ganhou um sugestivo subtítulo: “se protegendo contra o apocalipse”. O NYT fala da diferença de perspectiva entre o mundo climático e o mundo das corporações. Por conta de ser vista como algo para o futuro e para locais igualmente distantes dos centros corporativos, a mudança do clima acaba não entrando de maneira relevante no planejamento empresarial. No entanto, aqui e ali, começam a pipocar ações que juntam clima e empresas. O primeiro exemplo vem da petroleira Exxon. Ela é dona de grandes campos de fracking no Texas e todo seu planejamento de curto prazo é baseado na certeza de que a demanda por petróleo e gás continuará a crescer. No entanto, a empresa começou a instalar plantas fotovoltaicas próximas aos poços. Extrair petróleo e gás por fraqueamento hidráulico – o fracking – consome muita eletricidade e os painéis servem para reduzir o custo da energia e, ainda por cima, para a empresa mostrar que está apostando nas renováveis. O artigo de mais de 10 páginas passeia pelas baterias elétricas e as buscas por lítio, cobalto e níquel e pela preocupação das aeronáuticas com o alívio de peso dos aviões, para economizar combustível, mas também para enfrentar temperaturas mais altas no solo. A menor densidade do ar quente faz com que os  aviões precisem de mais potência ou de menos peso para decolar. O aeroporto de Phoenix já retardou e cancelou vários voos porque o calor era demasiado. O artigo é uma boa lista de ações e impactos imediatos que a mudança do clima traz para o mundo imediatista dos negócios.

 

ClimaInfo, 15 de abril de 2019.