Bancos Centrais pelo clima

A rede de Bancos Centrais Central Banks and Supervisors Network for Greening the Financial System (NGFS) está levando a mudança do clima à sério. A rede soltou ontem seis recomendações sobre o que o Bancos precisam fazer e preparar para enfrentar os impactos que o clima trará: 1. Inserir e integrar os riscos climáticos no monitoramento da estabilidade e na microssupervisão financeira; 2. Inserir e integrar aspectos de sustentabilidade na gestão de seus portfólios; 3. Expandir seus bancos de dados e cobrir suas lacunas; e 4. Trabalhar para conscientizar, capacitar intelectualmente e encorajar o suporte técnico-científico, além de compartilhar conhecimentos. Os dois pontos seguintes não são exatamente da alçada do Bancos Centrais, mas, se adotados por formuladores de políticas, os ajudarão a se moverem mais rapidamente na direção correta: 5. Atingir um grau de transparência que seja robusta e internacionalmente consistente no que tange ao clima e ao meio ambiente; e 6. Apoiar o desenvolvimento de uma taxonomia das atividades econômicas. Quanto ao último ponto, a NGFS explica que tal taxonomia (i) facilitaria a identificação e a avaliação das instituições financeiras e a gestão dos riscos relacionados com o clima e o ambiente; (ii) contribuiria para uma melhor compreensão dos riscos potenciais diferenciais entre os diferentes tipos de ativos; e (iii) mobilizaria capital para investimentos ecológicos e de baixo carbono em conformidade com o Acordo de Paris.

A NGFS reúne um grupo de 40 Bancos Multilaterais e Bancos Centrais. A participação é voluntária e serve para a troca de experiências e o compartilhamento de melhores práticas. O grupo é formado pelos Bancos Centrais dos países ricos, além dos Bancos da Colômbia, México, Tailândia e Malásia. Os do Brasil, Índia e África do Sul não fazem parte. O The Guardian comentou as recomendações.

 

ClimaInfo, 18 de abril de 2019.