O que é melhor nos EUA, imposto sobre emissões ou subsídio a fontes renováveis de energia?

Pesquisadores da Universidade de Chicago examinaram políticas de incentivo às fontes renováveis existentes em 30 estados dos EUA. Eles mostram que os incentivos, em média, elevam o custo da eletricidade e do calor, mas reduzam as emissões. Os pesquisadores sugerem que um imposto ou algum mecanismo de precificação das emissões alcançaria um melhor resultado. Alguns dados levantados:

Pesquisadores da Universidade de Chicago examinaram políticas de incentivo às fontes renováveis existentes em 30 estados dos EUA.- O preço da eletricidade, em relação a estados que não incentivaram as renováveis, subiu 11% em 7 anos e 17% em 12 anos.

– O preço da tonelada equivalente de redução de emissões de carbono ficou entre US$ 130 e US$ 460.

– Os preços praticados em mercados existentes ou as taxas existentes sobre o carbono variam entre US$ 20 e US$ 50 por tonelada equivalente.

– A redução de emissão ao longo de 7 anos foi de entre 270 e 660 milhões de toneladas de CO2 equivalente. Isso é o mesmo que o emitido por 20 milhões de carros ao longo dos 7 anos.

– Os incentivos aumentaram a participação das fontes renováveis de energia em menos de 2% em 7 anos, e em pouco mais de 4% após 12 anos.

O relatório indica que incentivar renováveis nos EUA é pior do que precificar diretamente as emissões.

O pessoal da Axios comentou o trabalho apontando que a amostragem ainda é pequena demais para tirar conclusões definitivas, que os incentivos variam muito de estado para estado e que não faz muito sentido analisar “incentivos médios”. A Axios afirma, também, que os dados sobre os mercados de carbono e os impostos sobre emissões também são estatisticamente pouco representativos para se chegar a grandes definitivas como pretende o trabalho.

 

ClimaInfo, 24 de abril de 2019.