Integrar boi e floresta para reduzir as emissões

Nas fazendas que adotam a integração entre lavoura, pecuária e floresta, como a Triunfo, mencionada por Sergio Adeodato no Valor, “após o período de cria e recria, o boi é levado para engorda não mais em áreas de pastagens exclusivas à pecuária, mas sim em meio ao cultivo de grãos. Na propriedade agrícola, o capim não mais é um intruso. Plantado para alimentar os animais e fornecer forragem à melhoria do solo, tem permitido safras nas estações secas, com maior rentabilidade e ganhos ambientais.” A produtividade da soja aumentou pelo menos 10%. E ganhos ainda maiores são obtidos na pecuária, onde integrar a lavoura com espécies forrageiras aumenta a produtividade dos animais em até quatro vezes. Um dos benefícios para todos é a redução na emissão de gases de efeito estufa. Tanto que, nos documentos que embasaram a NDC brasileira em 2015, era citada a meta de “incremento de 5 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas até 2030”. O último número disponível, de 2016, dizia que já se havia passado de 11,5 milhões de hectares.

 

ClimaInfo, 3 de maio de 2019.