Salles tropeça nos fatos

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O ministro Salles do meio ambiente publicou dois artigos, na Folha e n’O Globo, para apontar “fatos” contra as “versões” dos que o criticam. Mas ele só conta a parte dos fatos que lhe interessa. Fiquemos com um único exemplo: ele afirma que a política do clima não mudou – citando que o país continua no Acordo de Paris e que participará da COP no Chile -, porém não conta que extinguiu a Secretaria de Mudanças do Clima e Florestas, que o Itamaraty também extinguiu a Divisão da Mudança do Clima e que Comissão Interministerial de Mudança Geral do Clima foi extinta no ‘revogaço’ de abril. Os outros ‘fatos’ de Salles seguem o mesmo baile.

O ministro usa e abusa de meias verdades para defender sua gestão. Ou, nas palavras usadas pelo jornalista Alexandre Mansur para comentar a fixação do ministro em ter um sistema de monitoramento para chamar de seu, “Salles usa duas táticas clássicas de advogado de assassino: 1. tentar erodir a reputação da vítima (no caso o monitoramento do INPE) para justificar os ataques; e 2. gastar energia e recursos para desviar o foco (no caso, a destruição real da Amazônia, que voltou a subir).”

 

ClimaInfo, 6 de junho de 2019.

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