Uma crise exponenciada acontece em São Paulo, por conta das classes menos favorecidas serem empurradas para as periferias, muitas vezes para as áreas de preservação de mananciais da capital. A ocupação irregular e descontrolada polui, consome e altera os cursos d’água, aumentando os riscos de crises hídricas. “Ao analisar a distribuição populacional na região, é possível identificar um padrão de ocupação disperso e descontrolado associado à renda. Há uma concentração de residências de pessoas de alta e média renda próximas aos principais centros urbanos, onde há disponibilidade de empregos e atividades de comércio, serviços, polos de alta tecnologia e infraestrutura de transporte. Já as moradias da população de baixa renda situam-se em assentamentos precários localizados, de modo espraiado, em áreas de maior fragilidade e de preservação ambiental”, disse Angélica Benatti Alvim, da Arquitetura do Mackenzie.
Ela completa: “Nós temos um problema de quantidade e se a gente tem um problema de ocupação desordenada nós afetamos a qualidade dessa água e isso já está sendo cada vez mais problemático. A mudança climática tem a ver com a escassez hídrica, mas se a gente afeta a qualidade pelo processo de ocupação desordenada, combinando esses dois conceitos nós vamos afetar a disponibilidade, e a perspectiva é de caos.”
A mídia da Fapesp e o pessoal do Outras Palavras deram a notícia.
ClimaInfo, 7 de junho de 2019.
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