Até o ano passado, cerca de dez projetos eram aprovados todos os anos para receber recursos do Fundo Amazônia. Estamos no meio do ano e nenhum projeto foi aprovado neste ano. Daniela Chiaretti e Gabriel Vasconcelos contam no Valor que a equipe do BNDES que cuida do Fundo teve que atender ao pente-fino solicitado pelo ministro do meio ambiente, Ricardo Salles. Não foi nem preciso uma determinação para paralisar as análises. Não há braço suficiente para analisar os 24 projetos pendentes. Na fila estão programas de aumento de produtividade e renda de agricultores familiares na Amazônia e de monitoramento do desmatamento.
Por falar no Fundo, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) está na lista dos que serão revogados a partir de amanhã, 28/junho, pelo Revogaço que Bolsonaro assinou em março. O ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy, fez questão de avisar o congresso no depoimento que fez ontem na CPI do Banco. Em nota, o ministério do meio ambiente afirmou ao GLOBO que o COFA não será extinto e se limitou a dizer que “sua nova estrutura está sendo discutida com as partes interessadas”. A permanência do COFA, tal como sempre foi, é uma das condições para que a Noruega e a Alemanha sigam sendo doadores do Fundo.
ClimaInfo, 27 de junho de 2019.
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