Sociedades científicas manifestam apoio ao INPE e ao monitoramento do desmatamento

Sociedades Científicas

Sete sociedades científicas enviaram uma carta ao presidente Jair Bolsonaro em defesa do INPE e do monitoramento do desmatamento pelo qual é responsável.

O manifesto reage a críticas feitas nas últimas semanas por membros do 1o escalão do governo, que levantaram dúvidas a respeito do monitoramento. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que há “problemas técnicos” nos dados, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou que os dados do INPE são “manipulados”.

O manifesto descreve os sistemas como sendo dos mais avançados do mundo devido a seu alto grau de confiabilidade, e afirma que “a Amazônia e seu monitoramento ambiental são estratégicos para o Brasil. Não se trata apenas da manutenção da floresta como um sistema essencial para regular o processo de mudanças climáticas, de interesse internacional, mas também (…) da sobrevivência da agricultura brasileira em todo o país, em particular nos Centro-Oeste e Sudeste, cujos regimes de chuva dependem fundamentalmente da existência da Floresta Amazônica e de sua exploração sustentável.”

O manifesto termina com “as entidades subscritas ao final desta carta (reafirmando) sua confiança na qualidade do monitoramento do desmatamento da Amazônia realizado pelo INPE e manifestam sua preocupação com as recentes notícias que colocam em risco um rico patrimônio científico estratégico para nosso desenvolvimento e para a soberania nacional, colocando-se à disposição para contribuir na discussão do tema.”

O Valor escreveu sobre o manifesto e lembrou que “essa não foi a primeira reação da comunidade científica às posições de integrantes do governo sobre política ambiental. No último dia 5 de julho, a Coalizão Ciência e Sociedade publicou artigo com duras críticas a atitudes de membros do governo que “desprestigiam o trabalho sério e criterioso realizado pela ciência nacional”.

A matéria do Observatório do Clima sobre o manifesto divulga um link para a íntegra do manifesto.

 

ClimaInfo, 11 de julho de 2019.

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