Repensar cidades é reconquistar o espaço urbano

ocupação da cidade

Carlo Ratti e Philip Yang argumentam em artigo publicado na Folha que dar privilégio ao transporte coletivo e compartilhado abre um leque de possibilidades de ocupação da cidade. Em contraposição, as “leis da física e da economia nos fazem presumir que transportes individuais tenderão sempre a apresentar custos ambientais, territoriais e financeiros maiores do que as alternativas coletivas de alta capacidade.”

Os autores evocam as discussões que ocorrem em Paris em torno do destino dos 35 km do anel periférico que circundam a cidade. Todas as principais propostas reduzem o espaço do carro e aumentam os espaços verdes e cidadãos. São Paulo, por outro lado, teve seu crescimento orientado para o carro individual.

Ratti e Yang propõem que “o momento é de rupturas tecnológicas que abrem a possibilidade de repensarmos o desenho das cidades. No paradigma metacarro que emerge, caberá a todos nós – mercados, governos e sociedade – decidir se aplicamos as tecnologias para espraiar o meio urbano e destruir mananciais ou se geramos cidades compactas, economicamente mais funcionais, ambientalmente saudáveis e socialmente mais justas.”

 

ClimaInfo, 16 de julho de 2019.

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