Ontem demos uma pincelada no porquê da intenção declarada pelo ministro Bento Albuquerque de converter a frota de caminhões diesel para gás natural ser apenas um sonho. Ontem também, Marli Olmos escreveu no Valor um artigo mais abrangente, mas com a mesma conclusão. Não vai dar.
Olmos fala sobre o que precisaria mudar para os fabricantes produzirem caminhões a gás e sobre os obstáculos que enfrentariam. Ela comenta o que significa converter um caminhão a diesel para gás. Se tecnicamente isso já não é simples, o estado da frota nacional será um obstáculo quase intransponível: “Do total de 1,98 milhão de caminhões que rodam no Brasil hoje, 46,8% têm mais de 11 anos. Desses, 10,3% passam dos 20 anos.”
A greve do ano passado escancarou as dificuldades pelas quais passam os caminhoneiros. Se não conseguem comprar um caminhão novo, o que dizer de um a gás, que será, certamente, ainda mais caro. Olmos não esquece de falar da rede de abastecimento, ou melhor, da falta dela.
ClimaInfo, 25 de julho de 2019.
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