Alimentos, florestas e biocombustíveis competirão pela terra

Alimentos florestas e biocombustíveis

Jamil Chade segue escrevendo no UOL sobre o relatório do IPCC sobre Clima e Terra que será lançado na próxima semana.

Chade já havia escrito sobre o problema que será decidir se uma área será usada para produzir alimentos ou para plantar uma floresta que remova CO2 da atmosfera.

Agora ele coloca mais uma variável que se aplica especialmente aqui no Brasil: os biocombustíveis. Mesmo uma matriz energética sem emissões deve continuar a precisar de combustíveis, só que não fósseis.

Chade diz que o mundo associa grandes plantações de cana e soja, matérias primas do etanol e do biodiesel, ao desmatamento. Assim, o país deverá sentir a pressão da comunidade internacional: “Ao se referir à produção de biocombustíveis, o temor é sobre o avanço de cultivos em diversas partes do mundo para alimentar a indústria de energia. Na avaliação dos cientistas, há um risco real de que haja um ‘aumento da pressão sobre terras’ (…) O uso de mais de 2 milhões de km2 no planeta para o cultivo de produtos que serão usados para energia já poderia se traduzir em perdas reais ao planeta.”

 

ClimaInfo, 31 de julho de 2019.

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