O ministro astronauta curvou a espinha, demitiu Ricardo Galvão, diretor do INPE e teve o mau gosto de tuitar um agradecimento com direito a “abraços espaciais”. A repercussão não poderia ser pior.
A Coalizão Ciência e Sociedade e a Sociedade Brasileira de Física divulgaram notas criticando o governo.
O Globo e a Folha, o português Público e o francês Le Monde, assim como praticamente toda a imprensa relevante nacional e internacional, criticaram o episódio. O Estadão diz que os dados INPE podem vir a ser confirmados e contradizer as palavras do presidente e de seu ministro do meio ambiente.
A Gazeta Online informou que os governadores da Amazônia “demonstraram preocupação com o avanço acelerado do desmatamento na região (…) [e] também defenderam os dados de desmate produzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).”
Ricardo Galvão disse a Renato Grandelle, d’O Globo, que, desde o início do ano enfrentou dificuldades para falar com o Ibama, órgão que deveria combater os focos de desmatamento apontados pelo INPE. Grandelle também trouxe a palavra crítica de gente da Academia Brasileira de Ciências, do Greenpeace e do Observatório do Clima.
ClimaInfo, 5 de agosto de 2019.
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