Países da Amazônia fazem pacto em defesa da floresta

Países

Sete dos nove países que compartilham a Amazônia assinaram um pacto, na 6ª feira (6/9), com medidas para proteger a maior floresta tropical do planeta, no momento muito ameaçada por desmatamento e incêndios florestais. Assinaram: Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Brasil, Guiana e Suriname. Não participaram da Cúpula: Venezuela, que Bolsonaro diz ter vetado, e Guiana Francesa, território ultramarino daquele país europeu.

Segundo O Globo, o pacto “obriga a trabalhos conjuntos de mitigação, proteção e prevenção na floresta; coordenação das nações para enfrentar as causas do desmatamento, como a mineração, o narcotráfico, a extensão ilegal da fronteira agrícola e a exploração ilegal de minerais”. Mas, na verdade o texto não obriga a nada, é uma mera declaração de intenções não vinculantes.

O Pacto repercutiu fortemente nas mídias nacionais e internacionais. Além das matérias já citadas da Folha e d’O Globo, foi comentado por Financial Times, DW, UOL, Exame, Veja, Reuters, RFi e muitas outras mídias.

Em tempo 1: o Papa Francisco disse, no sábado (7/9), em Madagascar, que o rápido desmatamento e a perda de biodiversidade que acontece em cada país não devem ser tratados como questões locais, uma vez que ameaçam o futuro do planeta.

Em tempo 2: mesmo tendo representado o Brasil na reunião que definiu o pacto, o Chanceler Araújo continua insistindo que a Amazônia não está “queimando em absoluto. Tivemos incêndios este ano um pouco mais do que no ano passado, mas um pouco abaixo da média dos últimos 20 anos”.

Em tempo 3: o general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, perguntou em caixa alta, no Twitter, na 4ª feira (4/9): “Qual é o nosso plano para a Amazônia”. Ele já havia cobrado publicamente uma mudança na condução da crise amazônica: “Por que o Brasil não lidera a discussão sobre a Amazônia com os países que fazem parte da área amazônica?”

 

ClimaInfo, 9 de setembro de 2019.

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