Novas simulações climáticas indicam cenários desastrosos

simulações climáticas

Antes do final do século, o Ártico perderá todo o gelo durante o verão, as ondas de calor na Europa serão mais longas e mais intensas e, no pior cenário, a temperatura global será entre 6°C a 7°C mais alta do que a do período pré-industrial. Essas previsões fazem parte do trabalho de pesquisadores franceses que aprimoraram os modelos climáticos usados pelo IPCC, basicamente aumentando as resoluções regionais dos cálculos e incorporando avanços da física da atmosfera.

O cenário mais otimista sugere que, para manter o aumento da temperatura em 2°C, será necessária uma economia mundial neutra em emissões até 2060 seguida de um aumento expressivo em captura e armazenamento de carbono. Também parte da premissa de que a população mundial crescerá menos e que haverá uma cooperação global para mitigar emissões e poluição.

Pascale Braconnot, uma das cientistas da equipe, disse que “em 10.000 anos, não vimos nada tão importante quanto o que estamos vendo em um período de 100 anos. A diferença de temperatura global entre a última era glacial e o fim da glaciação foi entre 3°C a 4°C.”

O site do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) tem mais informações. Este vídeo no YouTube apresenta a conferência de imprensa (em francês). E o Business Standard publicou um artigo com os principais pontos do trabalho.

 

ClimaInfo, 18 de setembro de 2019.

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