Ministério Público Federal sabe estimar os danos ambientais do garimpo de ouro na Amazônia

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O Ministério Público divulgou um parecer sobre uma metodologia para a estimativa dos danos causados pelo garimpo de ouro na Amazônia. Segundo o MPF, “o Parecer, fundado em ferramentas econômicas de valoração de danos ambientais, analisa o impacto causado pelo garimpo de ouro na Floresta Amazônica e as perdas decorrentes dessa atividade, que abrangem desde o desmatamento e a inviabilização da exploração sustentável das matas, mediante extração de produtos madeireiros e não madeireiros, até a desestruturação de serviços ecossistêmicos, como regulação climática, oferta de água e manutenção da biodiversidade.”

O Parecer também aponta que “o prejuízo ambiental decorrente da mineração ilegal de ouro em garimpos pode atingir R$ 3 milhões por quilograma de ouro extraído, considerado o período de 42 anos necessário para a recuperação da área degradada.”

Em tempo: um processo judicial sobre desmatamento no Maranhão levou 28 anos ter uma sentença. Leandro Machado, na Folha, conta a história de um grupo que, em 1989, invadiu a Terra Indígena Caru (Maranhão), desmatando, queimando e destruindo boa parte da reserva. A ação pública foi aberta em 1991. Os invasores só foram julgados em 1º de março de 2019, 28 anos depois de iniciada a ação e 30 anos depois da invasão. O julgamento foi na primeira instância, de modo que os invasores ainda podem recorrer.

 

ClimaInfo, 19 de setembro de 2019.

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