Energia suja, limpa e nuclear

matriz energética global

Combater a crise climática, passa, necessariamente, pela transição para uma matriz energética mundial de baixa ou nenhuma emissão. Por conta do clima estar nas manchetes mundiais, tem saído muita matéria a respeito.

O New York Times trouxe uma matéria de Christiana Figueres, ex-secretária executiva da Convenção do Clima e a principal arquiteta do Acordo de Paris. Figueres defende que o mundo precisa chegar a uma matriz com emissão líquida zero no mais tardar até 2050. “Isto não é um sonho ou uma ideologia. É um imperativo. As consequências de não atingir esta meta são de tal modo ameaçadoras à vida neste planeta que não podemos nem contemplar a possibilidade de falharmos.” Figueres coloca sua atenção no petróleo e na necessidade urgente de mudanças, tanto nas próprias petroleiras como nos fundos de pensão e de investimento que as sustentam. Este, aliás, também é o tema de um artigo do Financial Times: “Os bancos precisam cortar o fluxo de financiamentos para combustíveis fósseis – não enfrentaremos a mudança climática enquanto o dinheiro continuar indo para os emissores de carbono”.

Entre as medidas climáticas anunciadas pelo governo alemão neste final de semana, está a que o país decidiu integrar a aliança para abandonar o carvão. A ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze, disse que “o abandono do carvão mineral é um pilar central da proteção global do clima”, e que o país está seriamente comprometido a se livrar do combustível fóssil. A notícia é da Deutsche Welle.

As notícias mais alvissareiras vêm do mundo das renováveis. O Carbon Brief conta que os preços da energia das eólicas off-shore do Reino Unido continuam caindo e ficarão mais baratos do que os das térmicas a gás até 2023.

Andrea Vialli, na Folha, fez um artigo interessantes sobre a penetração dos painéis fotovoltaicos nos telhados brasileiros, especialmente em empresas. Vale dar uma olhada nos casos citados no artigo.

 

ClimaInfo, 24 de setembro de 2019.

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