A Cúpula do Clima não surpreendeu, desapontou

cúpula do clima

A avaliação geral é que a Cúpula do Clima foi pífia. Os compromissos assumidos foram tidos como modestos por Manuel Planelles, do El País, e sem a adesão do clube dos grandes poluidores: China, EUA, Índia e Brasil.

A Economist teve uma impressão parecida, dizendo que houve “muita conversa e pouca ação na Cúpula Climática da ONU.”

Daniela Chiaretti, no Valor, ressaltou um trecho do relatório da Organização Meteorológica Mundial: “Para o aquecimento ficar em 2oC no fim do século é necessário que as metas dos países tripliquem em relação aos compromissos adotados no Acordo de Paris. Para o limite de 1,5°C, é preciso que quintupliquem. Nenhum dos mais de 60 chefes de Estado, empresários e executivos do mercado financeiro […] prometeu nada próximo a isso.”

A Climate Change News foi direto ao ponto dizendo que “o fracasso em Nova York” implica termos que “reconstruir as políticas da mudança do clima.”

O Globo trouxe o comentário decepcionado de Paloma Costa, a jovem brasileira que abriu a Cúpula Climática ao lado de Greta Thunberg: “Todas essas pessoas se disseram muito orgulhosas do meu trabalho, mas foi só isso. A gente reuniu vários jovens do mundo que têm propostas, e cadê nosso governantes transformando isso em políticas públicas?”

A Vox e a BBC também comentaram a temperatura morna da Cúpula.

 

ClimaInfo, 25 de setembro de 2019.

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