Os dois (ou três) lados da expansão das renováveis no Brasil

hidrelétricas

As emissões de metano e dióxido de carbono das represas de hidrelétricas podem ser substanciais, caso a vegetação não seja removida antes do enchimento. Tivemos no Brasil uma série de represas construídas na Amazônia durante a ditadura militar que chegam a emitir mais gases de efeito estufa do que térmicas fósseis.

Em um trabalho recém publicado na Nature, os pesquisadores modelaram as emissões das represas de 158 usinas existentes e outras 351 que estão sendo planejadas, não só no Brasil, mas também no Peru, nas Bolívia e Colômbia e no Equador. As simulações mostraram que as emissões aumentam com a temperatura e a quantidade de biomassa presente, mas diminuem com o passar do tempo.

O trabalho indica que é preciso que o planejamento envolva todas as usinas pensadas em uma dada bacia, porque a área de reservação e, portanto, as emissões, dependem do efeito conjunto dos reservatórios.

Hoje, cada usina é planejada separadamente. O pessoal do Nexo comentou o trabalho.

Enquanto isso, o planejamento da operação do sistema elétrico incorpora modelos de previsão de ventos nas regiões das plantas eólicas. Isto permite ao operador saber quando é possível desligar térmicas e quando é necessário contar com elas. Com a nova modelagem, as eólicas passam a ser tão previsíveis quanto as hidrelétricas. A notícia saiu no UOL.

Por fim, a energética italiana ENEL, que recentemente comprou a Eletropaulo (São Paulo) e a Celg (Goiás), anunciou, em seu plano estratégico, pretender investir R$ 17 bilhões nos próximos anos para quase que duplicar sua capacidade de geração com a instalação de eólicas e fotovoltaicas. A notícia é do Valor.

 

ClimaInfo, 25 de setembro de 2019.

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