Mais repercussões de Greta e dos protestos da Fridays for Future

Greta x Trump

O discurso de Greta Thunberg desta 2ª feira e as manifestações em todo o mundo da 6ª passada formam o pano de fundo de um editorial do Estadão. O jornal diz que a mudança do clima é um desafio global e que só pode ser atacado globalmente. Assim, “é perfeitamente possível negociar acordos para a adoção de medidas contra as mudanças climáticas sem colocar em risco a soberania nacional. O que não é mais possível é negar-se a enfrentar a realidade, refugiando-se em um discurso que, a título de defender a pátria, menospreza a ciência e as evidências. É somente por meio do debate adulto nos fóruns internacionais que o Brasil será capaz de expor suas demandas, ao mesmo tempo que poderá questionar que interesses estão por trás das pressões que os europeus têm feito em relação à Amazônia.”

O texto termina com uma frase dita por uma jovem indígena brasileira em Nova York: “Não existe diferença entre uma jovem indígena como eu e uma jovem sueca como Greta. Nosso futuro está conectado pelas mesmas ameaças da crise climática”.

Trump ironizou a jovem sueca em seu Twitter: “Ela parece ser uma jovem e feliz menina olhando para um futuro brilhante e maravilhoso. Tão bom de se ver!” Greta, segundo a Reuters, adotou a frase em sua biografia no Twitter (“A very happy young girl looking forward to a bright and wonderful future”).

O presidente francês, Emmanuel Macron, e alguns de seus ministros não gostaram de ver a França ser processada por inação climática junto com  Alemanha, Brasil, Argentina e Turquia. Macron disse que esse tipo de “radicalismo” não ajuda e provoca antagonismos. O ministro do meio ambiente disse que o discurso de desespero de Greta não mobiliza as pessoas. E o da educação disse simplesmente que Greta havia ido longe demais. A notícia é da RF1.

 

ClimaInfo, 25 de setembro de 2019.

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