Mais um capítulo da novela do linhão elétrico Manaus-Boa Vista

Manaus-Boa Vista

A Transnorte Energia, concessionária formada pela Alupar e a estatal Eletronorte, rejeitou a proposta financeira da Aneel para que a companhia construa a linha de transmissão de energia Manaus-Boa Vista, informa André Borges no Estadão. A empresa declarou, por meio de seus advogados, que a proposta de reequilíbrio financeiro da Aneel é um “verdadeiro absurdo”, por não reconhecer investimentos já feitos pela companhia, além dos prejuízos causados por uma obra que já acumula um atraso de mais de sete anos.

A linha é prioridade para o governo Bolsonaro. No entanto, o impasse com os indígenas Waimiri Atroari paralisou o projeto. Do total de 721 km, o linhão atravessa 125 km da Terra Indígena, onde vivem 2,1 mil índios, em 56 aldeias.

O Ministério de Minas e Energia havia prometido que a licença de instalação da obra, que é emitida pelo Ibama, sairia até julho, com ou sem o aval da Funai, o que não ocorreu.

Na semana antepassada, reportagem do Estadão mostrou que a área técnica da Funai encontrou dezenas de problemas e falhas no plano básico ambiental indígena apresentado pela concessionária: “A Funai tem claro que o projeto como apresentado não é exequível, devendo ser reestruturado conforme orientações já expostas, com os devidos reordenamento, reformulação e adequação dos programas”

 

ClimaInfo, 03 de outubro de 2019.

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