França, Irlanda, Áustria e Reino Unido querem sanções contra políticas ambientais do governo Bolsonaro

tratado comercial

A ministra francesa do Meio Ambiente, Elisabeth Borne, declarou ontem que seu país não pode “assinar um tratado comercial com um país que não respeita a Floresta Amazônica, que não respeita o tratado de Paris (do clima). A França não assinará o acordo do Mercosul nessas condições.” A notícia saiu n’O Globo, que também lembrou que o Taoiseach (primeiro-ministro) da Irlanda, Leo Varadkar, já tinha ameaçado votar contra o acordo porque o Brasil não respeita seus “compromissos ambientais”. O Parlamento Austríaco já havia aprovado uma moção que obriga o governo do país a vetar no Conselho Europeu o acordo de livre-comércio entre União Europeia e Mercosul.

O Parlamento britânico, segundo a Exame, começou a apreciar uma petição pedindo à União Europeia e à ONU que apliquem sanções e pressionem o país a mudar de atitude e agir efetivamente para conter o desmatamento no Amazônia. Diz a petição: “O governo do Brasil, liderado por Jair Bolsonaro, favorece o desenvolvimento da Floresta Amazônica em detrimento de sua conservação. O desmatamento ameaça as Populações Indígenas que vivem na floresta, a perda de um ecossistema precioso e complexo e uma reserva vital de carbono que retarda o aquecimento global.”

A ministra da agricultura, Tereza Cristina, está na Europa e foi a uma feira na Alemanha. Lá, teve que responder à ministra alemã da Agricultura e Alimentação, Julia Klöckner, e a importadores e tradings de carnes, soja, açúcar, cacau e óleos vegetais, todos preocupados com o desmonte ambiental promovido pelo atual governo. Depois da visita, a ministra disse a Cristiano Zaia, do Valor, que “a imagem do país ainda  está ruim, e há muita desinformação que reforça essa imagem negativa.”

 

ClimaInfo, 9 de outubro de 2019.

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