Já são 139 praias do Nordeste contaminadas por petróleo ao longo de mais de 2.000 km do litoral, petróleo que ninguém sabe de onde veio. Marcelo Amorim, do Ibama, disse ao UOL que “esse vazamento atingiu a maior extensão [da costa], com certeza. É uma situação que nunca ocorreu na história do país, e desconhecemos algo similar no mundo”.
A Folha informa que as análises do óleo feitas pela Universidade Federal da Bahia observaram “uma boa correlação do óleo coletado nas praias com um dos tipos de petróleo que é produzido na Venezuela”, o que corrobora um estudo da Petrobras.
Por via da dúvidas, em nota, o governo de Nicolás Maduro e a estatal de petróleo, PDVESA, consideraram “as declarações infundadas. Não há evidências de vazamentos de petróleo nos campos de petróleo da Venezuela que possa ter causado danos ao ecossistema marinho de nosso vizinho”.
Se bem que supõe-se que o petróleo tenha saído de um navio.
Segundo a BBC, “participam da operação para identificar a origem do vazamento de óleo cru 1.500 militares, cinco navios, uma aeronave e diversas embarcações e viaturas de delegacias e capitanias dos portos.” A matéria conta como foi identificada uma área de 123 km2 a uma distância média de 400 km da costa como o local provável de onde o petróleo saiu. Também foi possível identificar cerca de 140 navios petroleiros que passaram por esta área recentemente.
Nota do Greenpeace afirma que vazamentos de petróleo no mar causam grandes impactos ao meio ambiente, razão pela qual não se deve explorar petróleo perto de sistemas frágeis como os Abrolhos e os recifes de corais na foz do Amazonas. Diz também que o Brasil não está preparado para lidar com acidentes desta natureza e nesta escala: “A atual falta de informação só mostra o quão despreparado é o Brasil em relação à vigilância e à proteção de nossos oceanos. E isso só está piorando com a agenda antiambiental do presidente Bolsonaro.”
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará levantaram a hipótese do petróleo ter vindo um navio alemão que naufragou em 1944. Eles recolheram material para determinar a idade e a origem do petróleo. A notícia é d’O Globo.
ClimaInfo, 11 de outubro de 2019.
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