Google e hi-techs têm impulsionado a crise climática

Google

Um dos símbolos da indústria do século 21, a Google, tem feito doações a negacionistas climáticos e tem parte importante de seus negócios voltada ao setor de óleo e gás. Enquanto sua face pública endossa o Acordo de Paris, oferece em seus refeitórios dietas à base de vegetais e diz só comprar energia de fontes limpas.

Na sua série “Os Poluidores”, o The Guardian publicou dois artigos sobre as fundações negacionistas que recebem doações da empresa, como a Competitive Enterprise Institute (CEI), que promoveu ativamente a retirada dos EUA do Acordo de Paris. A empresa também apoia a State Policy Network (SPN), uma organização guarda-chuva ligada ao pessoal radical da Heartland Institute. A lista de organizações que combate ações climáticas é bastante grande. Os artigos do The Guardian podem ser acessados aqui e aqui.

A Google anuncia suas soluções da nuvem para uma variedade de públicos. Mas devota um espaço especial para o setor petroleiro. No começo do ano, a Gizmodo publicou um artigo dizendo que a Google, a Microsoft e outras desenvolvedoras investem bastante em sistemas de automação voltados para a indústria fóssil.

Ainda na série sobre ”Os Poluidores”, o The Guardian publicou um outro artigo sobre o envolvimento de várias corporações do Vale do Silício em ações que aumentam a crise climática. Um exemplo são os avanços em sistemas de mapas e de compartilhamento de transporte que, no fundo, mantém parte importante dos consumidores dentro de carros, ao invés de caminhar, pedalar ou usar o transporte público. Estima-se que esses sistemas “adicionaram 9 bilhões de quilômetros de condução anualmente na área metropolitana de Boston, Chicago, Los Angeles, Miami, Nova York, Filadélfia, São Francisco, Seattle e Washington.”

Recomendamos a leitura da série completa do The Guardian.

 

ClimaInfo, 14 de outubro de 2019.

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