Potencial de captura de carbono por restauração por árvores pode não ser tão alto como anteriormente previsto

restauração por árvores

A revista Science publicou quatro respostas críticas distintas ao paper de Bastin et al publicado em julho sobre o “potencial global de restauração por árvores”,  trabalho que atraiu ampla cobertura da mídia. Simon Lewis et al dizem que a afirmação do paper original, segundo a qual “o potencial global de restauração de novas florestas é de 205 gigatoneladas de carbono”, é “incorreta”. Pierre Friedlingstein et al dizem que “esta estimativa e suas implicações para a mitigação do clima são inconsistentes com a dinâmica do ciclo global de carbono e sua resposta às emissões antropogênicas de dióxido de carbono”. Joseph W. Veldman et al dizem que a alegação do artigo “é aproximadamente cinco vezes maior do que o esperado”. Eles acrescentam: “Sua análise inflou os ganhos de carbono orgânico do solo, não conseguiu salvaguardar o impacto do aquecimento sobre as árvores em altas latitudes e elevações, e considerou a arborização de savanas, pradarias e arbustos como uma restauração”. Alan Grainger et al dizem que o artigo “negligenciou uma considerável pesquisa sobre a mitigação da mudança climática baseada em florestas feita durante as décadas de 1980 e 1990”. Bastin et al também publicaram uma “resposta detalhada aos comentários”: “Não sugerimos que a restauração de árvores deveria ser considerada como a solução única para a mudança climática. Para evitar essa confusão, corrigimos o resumo em conformidade”.

 

ClimaInfo, 21 de outubro de 2019.

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