A acidificação dos oceanos e a extinção em massa da vida marinha

acidificação dos oceanos

Há 66 milhões de anos, um meteoro caiu no que hoje é a Península de Yucatán, no México, causando a última extinção em massa. A explosão lançou toneladas de poeira na atmosfera que, bloqueando o Sol, fizeram cair uma noite glacial que durou tempo suficiente para matar 95% das espécies em terra, inclusive todos os dinossauros, salvo os primeiros pássaros. Nos oceanos, o impacto causou uma acidificação que durou mil anos, forte o suficiente para dissolver as carapaças calcárias de muitas espécies na base da cadeia alimentar marinha. Foi o suficiente para a extinção incluir quase todas as espécies aquáticas também.

Um dos impactos mais importantes da crise climática é exatamente o aumento da acidificação dos oceanos, na medida em que estes removem mais dióxido de carbono da atmosfera.

Os resultados de uma pesquisa que acaba de ser publicada na PNAS mostram que o pH (padrão de medição da acidez) caiu 0,25 logo após a queda do meteoro. Um dos pesquisadores disse que, “se 0,25 foi suficiente para provocar uma extinção em massa, nós deveríamos ficar bem preocupados.” Uma das previsões dos modelos climáticos é que, se nada for feito, o pH dos oceanos deve cair 0,4 até o final do século. O The Guardian publicou um artigo a respeito.

 

ClimaInfo, 22 de outubro de 2019.

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