Terminou, ontem, o Sínodo para a Amazônia, a reunião episcopal convocada pelo Papa Francisco para entender e propor recomendações para a atuação da igreja católica na Amazônia. A mensagem para os Povos da Amazônia é simples: “A Amazônia está no coração da Igreja. É preciso saber o que está ocorrendo nesta região, atingida por ataques contra a natureza, contra os seus Povos.”
Segundo o documento final:
– O desrespeito à natureza é um desrespeito ao Criador e passa a ser entendido como uma espécie de pecado. Adota-se uma visão de ecologia integral e respeito às tradições das comunidades indígenas.
– A fixação no lucro leva a atividades contrárias à integridade da floresta, dentre as quais mineração, hidrelétricas, agropecuária e monoculturas como a soja. Denuncia os crimes contra os direitos humanos na Amazônia, a “impunidade na região com relação a violações” desses direitos e os “obstáculos para obter justiça”.
Como já vinha sendo apontado, o documento propõe a ordenação de homens casados nas zonas remotas da Amazônia para suprir a falta de padres e uma discussão sobre a implantação do diaconato feminino. Esses são os pontos mais atacados pela ala conservadora da igreja, principalmente na Alemanha e nos EUA.
Mais detalhes do documento e do final do Sínodo apareceram no noticiário do Vaticano. Aqui, vale ver as notícias nos Valor, Estadão, Globo, Folha, G1 e UOL, dentre outros.
ClimaInfo, 28 de outubro de 2019.
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