gado A pecuária do Reino Unido emite ou sequestra carbono?

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No The Guardian, o criador de gado, Joe Stanley, reclama da campanha internacional contra o consumo de carne vermelha, uma atividade que contribui bastante para o aquecimento global. O principal argumento de Stanley é que a constante renovação das pastagens, comidas e pisadas dos rebanho sequestrou 2,4 milhões de tCO2e por ano. Só que, segundo matéria do Financial Times de julho, o gado arrota o equivalente a 10 vezes isso. Stanley, então, apela para a comparação com o gado criado em áreas desmatadas na Amazônia para reforçar que o seu é mais sustentável. Ele diz, ainda, que não faz sentido trocar sua carne “por uma dieta à base de plantas de abacates ou amêndoas cultivados em alguns dos lugares mais secos da Terra, usando água azul sugada de rios, lagos ou aquíferos”, enquanto 90% da água consumida pelo seu rebanho vem das chuvas.

Ambas as discussões são importantes. Os balanços de carbono do solo das pastagens dependem de uma miríade de fatores e podem apontar no sentido de uma fazenda de gado que remove mais que o que emite. O mesmo vale para o balanço hídrico. Por enquanto, é prematuro achar uma regra que valha todo tempo em todo lugar.

 

ClimaInfo, 5 de novembro de 2019.

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