Amazônia, o pior lugar para ser criança

Desnutrição, abusos e mortes

Desnutrição, abusos e mortes. Ligia Guimarães, da BBC, descreve a Amazônia como o pior lugar do mundo para se ser criança. “Ao todo, 9 milhões de crianças vivem na Amazônia Legal (…) Os indicadores apontam que, de todas as regiões do país, é ali o pior lugar do Brasil para se ser criança, destaca relatório da UNICEF. São de lá os mais altos níveis nacionais de mortalidade infantil.”

E Ligia continua: “Nos nove estados da Amazônia Legal, cerca de 43% das crianças e dos adolescentes vivem em domicílios com renda per capita insuficiente para adquirir uma cesta básica de bens, contra 34,3% da média nacional. Além disso, muitas meninas e muitos meninos amazônicos não têm atendidos seus direitos a educação, água, saneamento, moradia, informação e proteção contra o trabalho infantil.

Em 2016, 1.225 crianças morreram antes de completar 1 ano no estado do Amazonas. Além disso, desde 2010, os casos de sífilis congênita diagnosticados em crianças menores de um ano de idade cresceram 710%, segundo dados do ministério da saúde reunidos pela UNICEF. Foram 802 casos só em 2017. A proporção de mães com acesso ao pré-natal foi de 46%, registrando um aumento de 183% entre 2000 a 2016.”

A jornalista conversou com Caetano Scannavino, coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria, de Santarém. “Sem social, não há ambiental” ele disse, “no mundo inteiro as questões da pobreza e do meio ambiente estão ligadas.”

Em tempo: O Brasil empobreceu. Ontem, o IBGE disse que o país “tinha, ao final de 2018, 13,5 milhões de pessoas, ou 6,5% da população, que viviam em condições de extrema pobreza.” O Banco Mundial define como em pobreza extrema o conjunto da população que “vive com menos de R$ 145 ao mês ou US$ 1,90 por dia.” A notícia saiu no Valor.

 

ClimaInfo, 7 de novembro de 2019.

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