O ministro Ricardo Salles colocou o Fundo Amazônia na geladeira depois que Noruega e Alemanha, os principais doadores, não aceitaram mudar sua governança. Salles quer um fundo para chamar de seu e para poder definir onde colocará os recursos. Quando esteve em Washington, em setembro, o ministro foi ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) propor um novo fundo. Saiu declarando que estava tudo acertado e que o fundo seria oficialmente lançado em breve. Apesar do mal-estar que a fala causou, o pessoal do Banco, delicadamente, não disse nada – nem que sim, nem que não.
Agora, segundo o Observatório do Clima, o chanceler Ernesto Araújo, que não acredita em aquecimento global, “enviou uma carta ao representante do BID no Brasil, Hugo Flórez Timoran, convidando representantes do banco para vir a Brasília debater ‘aspectos substantivos referentes ao escopo de atuação daquele fundo’. Tendo em vista a expectativa de anúncio – mesmo que preliminar – do estabelecimento do Fundo já na próxima COP, proponho que a visita da delegação do BID ocorra no menor prazo possível, preferencialmente na primeira metade de novembro”.
ClimaInfo, 11 de novembro de 2019.
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