No mês passado, o rio Xingu atingiu, nas proximidades da usina de Belo Monte, um dos níveis mais baixos dos últimos tempos, algo nem um pouco inédito. A dona da usina, a Norte Energia, enviou uma carta à ANA (Agência Nacional das Águas) pedindo autorização para reduzir a vazão que vai para a usina para manter uma vazão mínima na Volta Grande do Xingu e proteger a primeira barragem do projeto contra ondas que podem atingir “áreas da barragem não protegidas por rocha”, indiretamente alertando a todos para falhas no projeto da barragem. Nos dias seguintes ao envio da carta, o nível do rio subiu e aliviou a situação de emergência. A notícia foi dada por Eliane Brum, no El País, e pelo The Guardian. Maurício Tufffani, do Direto da Ciência, disse que o “governo deve respostas sobre risco de dano da barragem de Belo Monte”.
Em seguida, Ivan Ryngelblum, escreveu no Valor que “a Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte, informou (…) que não há nenhum risco ou erro de projeto, nem incertezas sobre a segurança da estrutura da hidrelétrica.” Mas não explicou porque enviou a tal carta à ANA.
ClimaInfo, 11 de novembro de 2019.
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