Reduzir velocidade pode ser solução de curto prazo para navegação marítima

emissões do transporte marítimo internacional

Começou ontem mais uma rodada de negociações sobre as emissões do transporte marítimo internacional – atividade que gera aproximadamente 3% do total global de gases de efeito estufa antrópicos, ou aproximadamente a mesma quantidade emitida pela Alemanha.

Embora o transporte marítimo não tenha sido coberto pelo Acordo de Paris pelo clima, no ano passado a indústria concordou em reduzir as emissões em 50% até 2050 em comparação com os níveis de 2008.

Especialistas acreditam que, a médio e longo prazo, o setor passará a usar combustíveis alternativos. Mas há uma pressão considerável, inclusive de muitos países e companhias de navegação, por medidas eficazes de curto prazo para conter as emissões. Uma delas envolve a redução da velocidade das embarcações – uma alternativa já testada em 2008, durante a crise financeira global, quando os navios de carga desaceleraram para cortar custos, segundo a BBC.

Velocidades médias 12% mais baixas reduziram o consumo diário de combustível em 27%, levando a uma queda significativa nas emissões. Um estudo da Seas-At-Risk confirma os números: diminuir a velocidade em 20% cortaria emissões, e não só dos gases de efeito estufa, mas também de poluentes que prejudicam a saúde humana, como óxidos de enxofre e nitrogênio (em cerca de 24%) e fuligem. Esse limite de velocidade também reduziria o ruído subaquático em 66% e as chances de colisões de baleias em 78%.

 

ClimaInfo, 12 de novembro de 2019.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)
x (x)