Soja sem CAR segue para China e União Europeia

soja sem CAR

Levantamento do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) feito a partir de dados do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Agrosatélite mostra que, em 2017, não foi possível verificar o cumprimento da lei ambiental em 12% da área plantada com soja em fazendas localizadas no Cerrado e na Amazônia. Motivo: essa parcela, de 2,6 milhões de hectares, inclui propriedades que não haviam feito o Cadastro Ambiental Rural (CAR) até aquele ano.

Além de derrubar a crença de que o trabalho de inscrição no CAR já estava concluído, o estudo põe em xeque o argumento de que a produção agropecuária no país já segue a lei ambiental, argumento usado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao criticar a Moratória da Soja na semana passada. O Imaflora identificou que Mato Grosso do Sul era, em 2017, o estado cuja maior parcela da área plantada com soja estava sem CAR (27%), seguido por Tocantins (21%) e Rondônia (19%).  A região do Cerrado do Matopiba ficou em quarto lugar, com 13%.

Dois terços da soja proveniente de áreas sem CAR foi exportada: 40% para a China e 12% para a União Europeia. Após cruzar dados com a plataforma Trase, o instituto identificou que, nos embarques feitos à China de soja de fazendas sem CAR em 2017, a trader com maior participação foi a ADM; para os embarques à Europa, a principal trader foi a Bunge. Infelizmente, a exigência do CAR não faz parte de acordos bilaterais nem setoriais.

A matéria completa do Valor Econômico está neste link.

 

ClimaInfo, 18 de novembro de 2019.

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