Crise nos mais antigos centros de pesquisa da Amazônia 

Pesquisa da Amazônia

Dados do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) revelam que o orçamento da instituição no ano passado, de R$ 25,57 milhões, foi 39,6% menor do que os recursos previstos em 2017, de R$ 42,34 milhões. Em 2019, dos R$ 35,76 milhões previstos, R$ 24 milhões foram liberados até o momento.

O número de servidores e pesquisadores em atividade também vem caindo: em 2018 eram 561, dos quais 158 cientistas – o que representa 40% do número máximo que o INPA já teve. Esse quadro pode se agravar porque 40% da equipe já pode se aposentar, e o governo federal suspendeu a realização de concursos públicos ao menos até 2020.

Os principais problemas enfrentados hoje pelo INPA e, também, pelo Museu Paraense Emílio Goeldi – as duas mais antigas instituições de pesquisa da região amazônica que estão sob a alçada do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação – incluem a redução de seus orçamentos nos últimos anos, a suspensão de bolsas de pós-graduação e a queda do número de seus pesquisadores e técnicos em atividade.

Na última década, o Museu Goeldi também sofreu cortes e contingenciamentos em seu orçamento. O pior ano foi 2017, quando foram liberados R$ 7,4 milhões dos R$ 12,6 milhões aprovados inicialmente.

Essa crise ameaça a capacidade de produzir conhecimento científico considerado vital para a proteção da Amazônia, dizem cientistas destas instituições ouvidos pela BBC News Brasil.

 

ClimaInfo, 21 de novembro de 2019.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)