A janela de oportunidade para a contenção do aquecimento global em 1,5°C está se fechando rapidamente. Para que possamos cumprir esta meta, precisaremos elevar a ambição das ações dos países e reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa em 7,6% ao ano entre 2020 e 2030.
O alerta foi dado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na nova edição do Emissions Gap Report, relatório que avalia a diferença entre as emissões previstas para 2030 e os níveis compatíveis com as metas de 1,5°C e 2°C do Acordo de Paris.
De acordo com o relatório, os compromissos atuais dos países, se forem plenamente implantados, limitariam o aquecimento do planeta em até 3,2°C, mais do que o dobro da meta mais relevante de Paris.
A explosão do desmatamento no Brasil não passou batida pelos atores do relatório. Para o PNUMA, o país precisa urgentemente rever sua política de uso da terra para “voltar aos trilhos”, informa O Globo. Curiosamente, no entanto, a maior parte das observações feitas pelo documento para o Brasil não enfoca a questão do desmatamento, mas sim a chamada “agenda urbana”, enfeixando itens como o transporte público e a energia, como aponta Ana Carolina Amaral, na Folha. Medidas como a descarbonização completa da matriz energética até 2050, o desenvolvimento de uma estratégia nacional para impulsionar a eletrificação da frota automotiva e incentivos aos biocombustíveis são citadas pelo documento como recomendações para o Brasil, informa Daniela Chiaretti no Valor Econômico.
O relatório foi repercutido por veículos como Estadão e G1 e no noticiário televisivo nos Bom Dia Brasil, Jornal Hoje e Globonews.
ClimaInfo, 27 de novembro de 2019.
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