Os negacionistas estavam errados e os modelos climáticos estavam certos, comprova um estudo recém publicado na Geophysical Research Letters. Os pesquisadores compararam o resultado de 17 simulações do clima publicadas entre 1970 e 2007 que tinham previsões se estendendo até 2017. Fizeram isso comparando as projeções de temperatura média na superfície do planeta com as que de fato foram medidas. Numa primeira aproximação, constataram que 10 dos 17 modelos tinham acertado o comportamento da temperatura.
Numa segunda aproximação, os pesquisadores incluíram uma verificação da acuidade das projeções utilizadas da evolução das emissões de CO2. Constataram que 14 dos 17 modelos acertariam os futuros registros dos termômetros, caso utilizassem as emissões realmente ocorridas. Nada mau, como disse Marcelo Leite em sua coluna na Folha.
Frente a estes resultados, Marcelo diz que “os negacionistas conseguiram seu objetivo. Como diziam o que os donos do poder e do dinheiro queriam ouvir, lograram adiar por muito mais tempo do que seria prudente medidas para reduzir as emissões de carbono.
Sua manipulação intelectual, uma verdadeira guerrilha contra a credibilidade da ciência, ainda encontra eco no despreparo (ou nas más intenções) de gente poderosa como Donald Trump, Vladimir Putin e Jair Bolsonaro. Um legado que causa e ainda vai causar muito sofrimento – furacões mais intensos, ondas de calor mortíferas, incêndios florestais frequentes.”
O estudo também foi comentado pela Vox.
ClimaInfo, 9 de dezembro de 2019.
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