Estudo mostra que não desmatar dá mais lucro para o Brasil 

uso do solo Brasil

Enquanto o ministro Ricardo Salles passa o pires dos mercados globais de carbono na COP25, um grupo de pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos resolveu ir direto ao ponto e solucionar a “equação do uso do solo”.  Eles mostraram como uma estratégia baseada em quatro pilares já existentes (e com resultados já comprovados) reduzem o desmatamento da Amazônia e podem fazer com que o país acabe lucrando mais do que com o modelo econômico que hoje se expande sobre a floresta. Segundo Giovana Girardi do Estadão, o trabalho é minucioso o suficiente a ponto de propor estratégias para terras em diferentes condições fundiárias na região e calcular quanto é possível aumentar em termos de produção de carne e grãos. Tudo para provar como é possível promover o desenvolvimento sustentável com desmatamento zero.

O primeiro pilar é sobre as áreas públicas sem nenhum tipo de destinação – o principal foco de grileiros. A proposta é que elas sejam destinadas para a conservação – transformadas em parques, por exemplo. A segunda ação é incentivar o aumento da produtividade das áreas já abertas na Amazônia.  A terceira estratégia é pôr em prática o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O último pilar, divulgado ontem na Conferência do Clima da ONU, é promover melhorias econômicas, ambientais e sociais na agricultura familiar, por meio de assistência técnica rural fornecida pelos Estados e pelo setor privado.

Como inúmeras vozes têm repetido, as soluções para enfrentar a crise climática existem, são técnica e economicamente viáveis. O que falta é vontade política de resolver o problema.

 

ClimaInfo, 13 de dezembro de 2019.

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