Veículos: o fim dos motores a combustão interna se aproxima e muitas novidades aparecem no mundo dos elétricos

Um artigo do Financial Times desta semana conta que os dias do motor a combustão interna estão contados. Analistas dizem que o ano passado foi o ano de pico nas vendas de carros fósseis e que, daqui para frente, a bola está com os híbridos e elétricos. O artigo também diz que a frota total também tende a atingir um pico em breve. O artigo diz ainda que o mercado automobilístico mundial foi ‘um desastre’, segundo um analista, e ‘um pesadelo’ para outro. Os motivos levantados foram a guerra comercial de Trump, o Brexit, a desaceleração da economia chinesa, o embargo do Irã e as novas metas de emissão europeias. A queda na demanda mundial está sendo puxada pelos três maiores mercados: China, EUA e Europa.

A Quartz publicou uma matéria sobre os veículos elétricos chineses baratos, que estão quase prontos para invadir a Europa e os EUA. Os preços continuam baixando e, logo, estarão sendo vendidos a US$ 9.000 (pouco mais de R$ 33.000 pelo câmbio oficial). Hoje, existem mais elétricos rodando na China do que em todo o resto do mundo. A matéria dá destaque para os minicarros e minicaminhonetes. Totalmente despidos de acessórios, com autonomia restrita, mas com preços extremamente atraentes para uma gama ampla de consumidores chineses e, possivelmente, fora dali.

Elon Musk, o visionário dono da Tesla, declarou esta semana que abriu todas as suas patentes relacionadas aos seus elétricos, como forma de ajudar o combate ao aquecimento global. Na prática, ele prometeu “não processar ninguém por usar nossa tecnologia”. Ele aproveitou para cutucar as grandes automotivas, dizendo que tinha pedido patentes para impedir que os grandes copiassem sua tecnologia e usassem seu poder de marketing e comercial para dominar o mercado. “Nós não poderíamos ter nos enganado mais. A triste realidade é o oposto”, disse ele, notando que carros elétricos ou a combustíveis limpos “praticamente inexistem nos maiores fabricantes.” Musk acrescentou ser impossível para a Tesla produzir carros elétricos em quantidade suficiente para enfrentar o aquecimento global.

 

Boletim ClimaInfo, 6 de fevereiro de 2019.