Aos poucos, os painéis fotovoltaicos se espalham ao longo dos rios da Amazônia e, junto com baterias, ocupam o lugar dos geradores diesel que, além de caros e poluentes, ainda criam a dependência do abastecimento do combustível. Por conta disso, Adriana Ramos do ISA diz que “um desafio está em reduzir essa dependência, com empoderamento e valorização do modo de vida local”. O ISA lançou a websérie Floresta Iluminada – energia limpa para os povos da Amazônia, contando histórias do avanço das fontes limpas na região. Para Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria, “devemos incorporar os avanços tecnológicos à região, e o papel das ONGs é fundamental pela experiência com as realidades locais. A soluções existem; não estamos diante de uma utopia”. Pedro Bara, do Instituto Energia e Meio Ambiente, diz que “os sistemas solares estão ficando cada vez mais competitivos. As taxas de retorno já são quase mais atrativas do que as da compra de geradores, que não vão mudar muito mais. Além disso, as baterias também estão se desenvolvendo muito rápido. A ideia é que esse tipo de iniciativa seja mais ampla, como política pública. Tem muito projeto-piloto na Amazônia, que funciona na base da filantropia, mas nossa intenção foi mostrar que podem trazer um impacto para o bolso de todo mundo”.
Sérgio Adeodato, na Página 22, Ana Carolina Amaral, na Folha, e Giovana Girardi, no Estadão, contam as histórias.
ClimaInfo, 1 de abril de 2019.
