Notas sobre o desmatamento e a restauração do Cerrado

A notícia é do começo do ano, mas vale lembrar que foi criado o Soft Commodities Forum (fórum das commodities cultivadas – em oposição às hard commodities da mineração) debaixo do guarda-chuva do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD). O Forum é composto por empresas “que compartilham a visão de garantir cadeias sustentáveis de alimentos e que trabalham em parceria com governos, produtores, consumidores e a sociedade civil para criar um sistema de alimentos mais sustentável”. Uma das primeiras ações foi tomada pelo grupo das 5 maiores traders de produtos agropecuários do mundo, que decidiram identificar a origem das compras de soja feitas no Cerrado brasileiro. No Mongabay, David Cleary diz que isso foi um passo importante, já que o mundo associa desmatamento com Amazônia, mas o desmatamento que cresce é o do Cerrado. Para ele, o próximo e mais importante passo é saber o quanto vem de áreas recém desmatadas e trabalhar para reduzir cada vez mais esta fração.

O pessoal do Ambiente Brasil conta sobre o programa ‘Bem Diverso’, fruto de uma parceria entre a EMBRAPA e o PNUD e que tem recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). Um dos objetivos importantes do programa é a recuperação dos recursos hídricos do bioma por meio da introdução de técnicas como o plantio direto e a restauração da mata. José da Silva, agricultor, conta: “já fizemos a recuperação na beira das nascentes dos córregos com plantas frutíferas e nativas e, agora, estamos com o trabalho de cercamento de mais de 6 quilômetros de nascente para a contenção de água e o abastecimento do lençol freático”. O programa faz parte das iniciativa da ONU que declarou a período 2021-2030 como a Década Internacional da Restauração de Ecossistemas.

 

ClimaInfo, 3 de abril de 2019.

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