Poluição do ar mata mais que cigarro e malária

O ar poluído encurta em 20 meses, em média, a expectativa de vida das crianças nascidas hoje, mostra o relatório de 2019 sobre o estado global do ar produzido pelo Health Effects Institute. No Sul da Ásia as crianças podem ter suas vidas encurtadas em até 30 meses. “Descobrir que a vida das crianças está sendo encurtada foi um grande choque”, disse ao The Guardian o vice-presidente do Instituto, Robert O’Keefe, acrescentando que “não há nenhuma bala de prata, mas os governos deveriam agir (…) [a poluição do ar é o] quinto maior fator de risco para a mortalidade no mundo”. O relatório epolstima que, em 2017, a poluição do ar – o material particulado (PM2,5) presente na atmosfera e no ar respirado dentro das casas, mais o ozônio – contribuiu para a morte precoce de aproximadamente 4,9 milhões de pessoas e a uma perda acumulada de 147 milhões de anos de vida saudável. Entre os países com maior número de mortes precoces atribuíveis à poluição do ar, o Brasil aparece na nona posição, com 66 mil mortes. Os oito primeiros, em ordem decrescente, são: China (1,2 milhões de mortes), Índia (1,2 milhões), Paquistão (128 mil), Indonésia (124 mil), Bangladesh (123 mil), Nigéria (114 mil), EUA (108 mil) e Rússia (99mil).

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