Nos portfólios de empréstimos, doações, garantias e investimentos do Banco Mundial, US$ 21 bilhões estão alocados em projetos relacionados aos combustíveis fósseis e US$ 15 bilhões para projetos de energia renovável, revela a ONG investigativa alemã Urgewald. Segundo matéria publicada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, “no agregado, eles ainda não viraram a página; o prato principal são os fósseis e o acompanhamento são as renováveis”. Confrontado com os resultados do relatório da Urgewald, o Banco declarou que o retrato está distorcido, reafirmou o compromisso com encerrar praticamente os investimentos no carvão e que o autor do relatório não incluiu os projetos de eficiência energética na conta dos renováveis. Mas o Banco não colocou números na mesa para sabermos se alguns vários milhões de lâmpadas LED somariam os quase US$ 6 bilhões da diferença. A Urgewald rastreou laboriosamente as operações originadas no Banco que, ao final, são realizadas pelo seu braço corporativo, o IFC (International Finance Corporation), e por bancos governamentais e comerciais e, destes, para projetos, corporações e empresas na área de energia. Sobre o trabalho, David Ryfisch, da ONG GermanWatch, disse que “deveria haver uma mudança mais pronunciada. Eles deveriam deixar claro que irão descarbonizar completamente seu portfólio de energia dentro de um prazo claro e transparente”.
ClimaInfo, 12 de abril de 2019.