O esvaziamento do ministério do meio ambiente

Para Ricardo Salles, o ICMBio tem “gestão zero, viaturas quebradas, prédios abandonados”. Mas prédios, para serem ocupados, precisam de gente e viaturas, para serem usadas e consertadas, também. Um levantamento feito pelo O Globo em meados e março mostrou que “dos 184 cargos em comissão e de funções de confiança da pasta, 44 – o equivalente a 24% – estão vagos.” E duas das seis secretarias (a de biodiversidade e a de florestas) estão sem secretário. Comentando o levantamento e aludindo à intenção de acabar com o ministério do meio ambiente anunciada por Bolsonaro durante sua campanha, Marcio Astrini, do Greenpeace, disse que “agora, estamos vendo acontecer o plano B, que é acabar com o ministério por dentro. O atual ministro é só o funcionário que cumpre as ordens do chefe.”

Em tempo: servidores federais especialistas em meio ambiente publicaram ontem uma carta aberta responsabilizando o governo pela “destruição da gestão ambiental federal e os ataques aos servidores”. Maurício Tuffani comentou a carta no Direto da Ciência.

 

ClimaInfo, 18 de abril de 2019.