Governo Bolsonaro faz lobby contrário e não assina acordo internacional de limitação da exportação de resíduo plástico

resíduos plásticos

Os países que fazem parte da Convenção da Basileia da ONU sobre resíduos tóxicos aprovaram, na última sexta-feira (10/5), a inclusão das exportações de resíduos plásticos misturados, não recicláveis e contaminados no regime de controle da Convenção, o qual exige o consentimento dos países importadores antes das exportações de resíduos serem realizadas.

 

A grande maioria das 187 nações presentes à reunião das partes da Convenção da Basileia saudou a decisão como um avanço para a justiça ambiental e em direção a uma economia ética e circular.

 

Para o diretor da Basel Action Network, Jim Puckett, a decisão é “um importante primeiro passo para conter a maré de resíduos plásticos que flui dos países ricos para os países em desenvolvimento da África e da Ásia, tudo em nome da ‘reciclagem’, mas causando poluição massiva e prejudicial, tanto em terra como no mar”.

 

A nota amarga veio dos Estados Unidos. Apesar de não fazerem parte da Convenção, o país trabalhou em conjunto com a Argentina e o governo brasileiro para refutar a decisão, em apoio ao lobby do Institute of Scrap Recycling Industries, dos EUA, e às indústrias de plásticos e químicos presentes.

 

Cabe uma pergunta retórica: será que ninguém avisou à delegação brasileira da campanha de combate à poluição marinha por plásticos  anunciada por Bolsonaro em seu Twitter?

 

A revista Galileu publicou uma matéria sobre o assunto.

 

 

ClimaInfo, 15 de maio de 2019.

 

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