O CAR está sendo usado para a grilagem de terras na Amazônia

17 de maio de 2019

O jornalista Thomas Milz descreve um caso emblemático de invasão da floresta amazônica pela soja: o avanço da fronteira agrícola nas proximidades de Santarém, no Pará, área que está se tornando um ponto de confluência do comércio internacional de soja e colocando em risco a demarcação de áreas indígenas, como a da etnia Munduruku.

Em matéria da DW, ele explica como a grilagem de terras ficou mais sofisticada, fazendo uso inclusive do Cadastro Ambiental Rural: primeiro os fazendeiros identificam as áreas que ainda não têm registro de posse (como terras da União reivindicadas pelos indígenas) e inserem os dados de GPS no CAR, que é autodeclaratório.

Embora o cadastro não gere título de posse, ele está sendo usado para expulsar as pessoas e ocupar as terras. O passo seguinte é conseguir um título de posse.

Foi para conter essa evolução que os Munduruku apelaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) no final de 2018. Quando o órgão enviou uma delegação a Açaizal, fazendeiros de soja da região agiram com truculência e tentaram impedir o comissariado de realizar a reunião.

 

ClimaInfo, 17 de maio de 2019.

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