Sobre as verbas bloqueadas por Bolsonaro para o clima e o meio ambiente

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O Estadão elaborou uma matéria cheia de infográficos e tabelas para mostrar os contingenciamentos no orçamento do governo federal.

“Estudo da Associação Contas Abertas feito a pedido do Estadão/Broadcast mostra que cerca de 140 ações orçamentárias em 11 ministérios estão com 100% de seus recursos bloqueados.”

Juntando as ações envolvendo o clima e as demais do ministério do meio ambiente, o orçamento previa um gasto de R$ 961 milhões, do qual foi bloqueado um total de quase R$ 200 milhões (21%).

Não haverá contribuição brasileira para o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima sofreu um bloqueio de 96%. A propalada prioridade de Salles quanto ao lixo urbano terá que se virar com 17% do havia sido orçado. As ações relativas a florestas e biodiversidade sofreram um bloqueio de 31% de seus orçamentos. E as ações de controle e fiscalização ambiental perdem 24% do seu orçamento.

Em relação à propalada prioridade de Salles, além dos contingenciamentos, uma matéria no Jota diz que o governo não dará prioridade à MP do Saneamento Básico nesta semana.

Apesar disso, Bolsonaro sancionou uma anistia a partidos políticos no valor de mais de R$ 70 milhões referentes a débitos dos diretórios municipais de quase todas as legendas.

Um editorial do Estadão de ontem comentou o desprezo com o qual o governo olha o tema do clima: “Se não acredita nos estudos que indicam as nefastas consequências das mudanças climáticas, o presidente deveria ao menos levar em conta que a deterioração da imagem internacional do Brasil nessa seara é péssima para os negócios.”

Talvez o presidente só esteja demonstrando o desprezo que tem pela imagem internacional do país (e pelos negócios).

 

ClimaInfo, 20 de maio de 2019.

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