Dois senadores amazônicos, Jader Barbalho, do Pará, e Eduardo Braga, do Amazonas, não gostaram de ver o ministro Salles mexendo no Fundo Amazônia.
Barbalho disse que o país corre o risco de perder a credibilidade frente aos doadores e vê-los ir embora. Especificamente sobre mudar as regras para indenizar proprietários com recursos do Fundo, Barbalho lembrou que “no Brasil já existe um fundo de compensação por obras públicas, com aproximadamente R$ 1 bilhão, para ser usado prioritariamente em regularização fundiária. Portanto, não há necessidade de utilizar os recursos do Fundo Amazônia para a desapropriação de terras”.
Braga, por sua vez, apresentou um requerimento convocando o ministro do meio ambiente a “prestar esclarecimentos sobre as declarações sobre o Fundo Amazônia.” Braga também convidou o presidente do BNDES, Joaquim Levy. Na pauta, a intenção de Salles de mudar as regras, a governança do Fundo e o afastamento da chefe do Departamento de Meio Ambiente, Daniela Baccas. Pelas regras, Salles será obrigado a comparecer e Levy irá se quiser. O Estadão e o BR18 deram a notícia.
Esta semana Tasso Azevedo, do Observatório do Clima e coordenador do MapBiomas, um dos idealizadores e realizadores do Fundo Amazônia, explicou em artigo a origem e a mecânica do Fundo. Vale a leitura porque, com seu usual jeito simples de dizer as coisas, eleva a barra de proteção contra as mentiras e distorções habituais deste governo.
ClimaInfo, 31 de maio de 2019.
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